Na segunda-feira (30/06), o marido da deputada federal Carla Zambelli, Antonio Aginaldo de Oliveira (PL), conhecido como Coronel Aginaldo, foi exonerado do cargo que ocupava como secretário municipal de segurança pública de Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município.
Segundo o documento, a exoneração aconteceu a pedido do próprio, agora, ex-secretário. Nas redes sociais, o prefeito da cidade, Naumi Amorim (PSD), comentou a saída do coronel da Polícia Militar (PM). “Informo a todos que o coronel Aginaldo pediu exoneração do cargo de secretário municipal de Segurança Pública, e sua saída está sendo publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial”, afirmou Naumi.
“Quero agradecer ao coronel pelos serviços prestados e pelo trabalho realizado à frente da nossa segurança. Reafirmo que seguimos firmes com o nosso compromisso de garantir mais segurança para toda a população da nossa Caucaia”, completou o prefeito.
O homem, atuou como diretor da Força Nacional de Segurança Pública (FNS) em 2019 e com o apoio de Jair Bolsonaro, ele concorreu a deputado federal do Ceará em 2022, mas não foi eleito. Além disso, também tentou as eleições de 2024 para a prefeitura de Caucaia, mas ficou em quarto lugar.
No último dia 21 de maio, Aginaldo já havia solicitado o afastamento do cargo de secretário de segurança pública, alegando “doença em pessoa da família”.
Considerada fugitiva da Justiça, a esposa de Aginaldo, Carla Zambelli, viajou ao exterior no fim de maio, dias após ter sido condenada. Ela decidiu se afastar do mandato e é alvo de um inquérito no STF que investiga a fuga.
ENTENDA
A investigação foi aberta pelo ministro Alexandre de Moraes e investiga possíveis crimes de coação no curso do processo e de obstrução de investigação. A parlamentar foi condenada à prisão e à perda do mandato, por unanimidade, pela Primeira Turma da Corte.
Zambelli também é apontada como responsável por articular a invasão e inserção de documentos falsos em sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Seu nome foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, onde estão os foragidos internacionais.