Ministro acolhe pedido e Arruda será ouvido em até dez dias

A partir da comunicação feita pelo STJ à Polícia Federal, o órgão deverá montar um cronograma para ouvir os citados pela PGR na petição.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido), preso desde 11 de fevereiro, deve ser interrogado em até dez dias pela Polícia Federal. Nesta quarta-feira (24), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Fernando Gonçalves, relator do inquérito 650DF, que gerou a Operação Caixa de Pandora, acolheu integralmente o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) apresentado na última segunda-feira (22). Além de Arruda, a Polícia Federal tem agora três dias para ouvir o conselheiro do Tribunal de Contas do DF (TCDF), Domingos Lamoglia, o ex-vice-governador Paulo Octávio, o delator do esquema e ex-secretário de Relações Institucionais do GDF, Durval Barbosa, e o ex-secretário de Ordem Pública do DF Roberto Giffoni.

A partir da comunicação feita pelo STJ à Polícia Federal, o órgão deverá montar um cronograma para ouvir os citados pela PGR na petição. No pedido, os membros do Ministério Público requeriam a intimação imediata de todas as pessoas que "testemunharam os fatos em exame e também os que são suspeitos de participarem dele, inclusive aquelas já indicadas em requerimento de 17.12.09, que ainda não foram ouvidas ou que se recusaram a depor por não terem conhecimento dos autos, ou por não saberem a condição em que estavam sendo intimadas". Em 17 de dezembro, além de pedir a quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, a PGR havia solicitado também a oitiva de 17 pessoas arroladas no inquérito.

Além disso, a PGR quer também que sejam juntados ao inquérito todos os contratos de prestação de serviços e documentos de reconhecimento de dívidas por serviços prestados ao GDF, referidos nos depoimentos de Durval, e da indicação, pela PF, de quais diligências ainda serão necessárias para a investigação. ?O exame de todos os documentos apreendidos e as perícias em curso hão de ser concluídos com brevidade. As diligências relativas à prova da materialidade dos crimes e de sua autoria não podem demorar, sob pena de comprometer o resultado da investigação?, argumentam o procurador-geral e a subprocuradora na petição. Os prazos sugeridos pela PGR passam a contar somente a partir da aprovação do pedido pelo ministro.

Solto

Hoje, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que Arruda pode ser solto após a tomada de depoimento por parte da Polícia Federal. Segundo Gurgel, isso aconteceria assim que forem concluídas as provas sobre o envolvimento dele com a tentativa de suborno de uma testemunha do processo do mensalão no DF. ?Tão logo a produção da prova esteja concluída, mesmo que as investigações não estejam, o Ministério Público vai se apressar em pedir a soltura do governador.", afirmou Gurgel.

Arruda passa por três investigações no STJ. A primeira, resultante direta do inquérito 650DF, apura um esquema de propina envolvendo membros do Executivo e do Legislativo que, de acordo com depoimentos de Durval Barbosa, era abastecido por empresas prestadoras de serviço no GDF. Os outros dois são desdobramentos da Caixa de Pandora. No primeiro, o ex-governador, cassado por infidelidade partidária na semana passada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), é acusado de tentar subornar uma testemunha do mensalão. Já no segundo, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal acusam Arruda de falsificar notas fiscais entregues como prova da compra de panetones com o dinheiro entregue por Barbosa ao ex-governador.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES