Existe uma articulação bolosnarista no Congresso para aprovar mudanças na Lei da Ficha Limpa, com o objetivo de revogar a inteligibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para que ele pudesse se candidatar na eleição presidencial de 2026. No entanto, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não acreditam que essa seja uma possibilidade viável.
articulação no legislativo
A oposição ao governo Lula apoiou a eleição de Davi Alcolumbre à presidência do Senado, com a expectativa de que o novo presidente colocasse em votação um projeto que daria poder ao Congresso para reverter declarações de inlegibilidade pela Justiça Eleitoral. A articulação contou com nomes como Ciro Nogueira (PP-PI) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Já na Câmara, existe uma iniciativa semelhante por parte de aliados de Jair Bolsonaro. O plano seria reduzir o período de inelegibilidade previsto na Lei da Ficha Limpa de 8 para 2 anos, tornando possível a candidatura do ex-presidente em 2026.
Ainda assim, integrantes do STF não acreditam na evolução de tais iniciativas. Davi Alcolumbre tem proximidade pessoal com o ministro Alexandre de Moraes, relator de diversos casos que afligem Bolsonaro e seus aliados. Quanto a Hugo Motta, o presidente da Câmara percorreu gabinetes do Supremo no ano passado prometendo não estimular instabilidade entre os poderes Legislativo e Judiciário.
Atualmente, a corte aposta que os líderes das duas Casas irão travar o avanço de iniciatias que visam desmantelar a Lei da Ficha Limpa. Além do mais os ministros contam com o fato de que será o STF a dar a palavra final caso o projeto seja aprovado no Congresso.