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Morre Miguel Uribe, pré-candidato presidencial baleado em comício na Colômbia

Uribe foi atingido por dois tiros na cabeça e um no joelho no atentado

Miguel Uribe Turbay, pré-candidato à Presidência da Colômbia, faleceu após ser baleado em evento | Foto: TNB
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O pré-candidato à Presidência da Colômbia e senador Miguel Uribe Turbay, 39 anos, morreu nesta segunda-feira (10), dois meses depois de ter sido baleado durante um evento de campanha. Ele estava internado na Fundación Santa Fe, em Bogotá, e seu estado de saúde piorou nos últimos dias.

Uribe foi atingido por dois tiros na cabeça e um no joelho no atentado. Figura de oposição, ele era apontado como um dos principais nomes na disputa pela presidência.

O senador era neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala (1978-1982) e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e morta em 1991 por integrantes do Cartel de Medellín, quando ele tinha cinco anos. O caso foi relatado no livro “Notícias de um Sequestro”, do escritor Gabriel García Márquez. Uribe era filiado ao partido Centro Democrático, liderado por Álvaro Uribe Vélez, com quem não tinha parentesco, e foi o parlamentar mais votado nas eleições de 2022.

O ATENTADO

Uribe foi atingido por dois tiros na cabeça e um na coxa esquerda na noite de 7 de junho, enquanto discursava em um ato público no bairro Fontibón. Segundo o partido Centro Democrático, homens armados atiraram pelas costas do político. Outras duas pessoas também ficaram feridas. No local, um adolescente de 15 anos foi apreendido com uma arma. 

Após o atentado, Miguel Uribe ficou vários dias em estado grave, mas chegou a apresentar melhora. No sábado, voltou a ser internado na UTI e passou por cirurgia de emergência devido a uma hemorragia no sistema nervoso central.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, determinou a abertura de investigação. O governo colombiano classificou o atentado como um ataque à democracia e à liberdade política. O Brasil, por meio do Itamaraty, condenou o crime e afirmou confiar na apuração das autoridades. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, também se manifestou contra a tentativa de assassinato.

Nos últimos 50 anos, a Colômbia registrou outros atentados fatais contra candidatos presidenciais, como os que mataram Luiz Carlos Galán (1989), Bernardo Jaramillo Ossa e Carlos Pizarro Leongómez (1990).

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