O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), comentou em uma rede social que a atitude do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), ao ocupar a cadeira da Presidência da Casa, representou um desrespeito ao Parlamento. Motta também informou que pediu uma apuração sobre possíveis excessos cometidos durante a cobertura jornalística do episódio. Com informações do g1.
O QUE ACONTECEU
A ocupação ocorreu na tarde desta terça-feira (9). Braga permaneceu na cadeira por pouco mais de duas horas em protesto contra a decisão de Motta de colocar em votação, nesta quarta-feira (10), o pedido de cassação de seu mandato. O deputado foi retirado do local pela Polícia Legislativa.
Durante a ação para remover o parlamentar, agentes da Polícia Legislativa acabaram empurrando e derrubando jornalistas, que já haviam sido retirados do plenário antes da retirada de Braga. A transmissão da TV Câmara também foi interrompida durante o episódio.
Na publicação, Motta declarou que Braga, apesar de se apresentar como defensor da democracia, acaba prejudicando o funcionamento das instituições. Ele citou ainda que o deputado já havia participado de outras ações de protesto dentro da Câmara.
Segundo Motta, é importante que atitudes que possam ameaçar o andamento regular dos trabalhos sejam contidas, e que a democracia deve ser preservada diariamente. O presidente da Câmara reforçou que determinou a investigação sobre a atuação da imprensa durante o ocorrido.
Veja abaixo a íntegra da manifestação:
Quando o deputado Glauber Braga ocupa a cadeira da Presidência da Câmara para impedir o andamento dos trabalhos, ele não desrespeita o presidente em exercício. Ele desrespeita a própria Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo. Inclusive de forma reincidente, pois já havia ocupado uma comissão em greve de fome por mais de uma semana.
O agrupamento que se diz defensor da democracia, mas agride o funcionamento das instituições, vive da mesma lógica dos extremistas que tanto critica. O extremismo não tem lado porque, para o extremista, só existe um lado: o dele.
Temos que proteger a democracia do grito, do gesto autoritário, da intimidação travestida de ato político.