A escalada entre Israel e Irã atingiu um novo patamar nesta quinta-feira (19), quando mísseis lançados por Teerã atingiram o Hospital Soroka, em Beersheba, no sul israelense. O ataque, confirmado pelas Forças de Defesa de Israel, deixou ao menos 71 feridos e provocou danos severos à principal unidade hospitalar da região. Pacientes foram removidos às pressas e o prédio encontra-se atualmente inoperante.
“Cobraremos o preço integral dos tiranos de Teerã”, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em pronunciamento nas redes sociais. Segundo ele, o bombardeio foi direcionado a civis e instalações médicas, o que representa uma “diferença fundamental entre uma democracia que age conforme a lei e terroristas que desejam destruir a todos nós”.
COMPARAÇÃO ENTRE OS ATAQUES
Durante visita às instalações atingidas, Netanyahu fez questão de sublinhar a disparidade entre as ações militares israelenses e os alvos escolhidos pelo Irã. “Atingimos com precisão alvos nucleares e de mísseis, e eles atingiram um hospital, onde as pessoas não conseguem nem se levantar e fugir”, declarou. Ele ressaltou que o setor infantil da unidade foi diretamente afetado, citando a presença de bebês entre os internados. “Essa é toda a diferença em uma democracia que age de acordo com a lei para se salvar desses assassinos e contra esses assassinos que querem destruir cada um de nós. Cada um de nós. Até o último de nós. Acho que isso diz tudo”, completou.
AMEAÇA EXISTENCIAL
O clima de tensão cresce à medida que o conflito entre os dois países entra em seu sétimo dia. As Forças de Defesa de Israel reforçaram seu posicionamento estratégico contra o que chamam de ameaça iraniana. O porta-voz militar Effie Defrin reforçou que o país não pode permitir que Teerã desenvolva certas capacidades bélicas. “Não podemos permitir que o Irã obtenha armas nucleares. Não podemos permitir que o Irã obtenha mísseis balísticos. É uma ameaça existencial para Israel”, alertou.
ESCALADA NO ORIENTE MÉDIO
Enquanto o Hospital Soroka contabiliza os prejuízos e tenta reorganizar sua estrutura para atender os pacientes transferidos, o Oriente Médio assiste à intensificação de uma das disputas mais perigosas da região.