Nesta terça-feira (2), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra ataques cibernéticos direcionados a deputados federais e senadores. Na época, sites oficiais de deputados federais favoráveis ao PL 1.904/2024, o chamado PL Antiaborto, foram derrubados.
A ação, intitulada como Operação Intolerans, busca reprimir e esclarecer ataques do tipo negação de serviço (DDoS) praticados contra parlamentares que manifestaram apoio ao chamado PL Antiaborto.
Os ataques foram revelados após as páginas ficarem fora do ar e exibir mensagens irregulares, inclusive um post antigo do presidente Lula no site de Eduardo Bolsonaro, o que levou a corporação a deflagrar a Operação Intolerans.
QUEM SÃO OS PARLAMENTARES ATACADOS?
De acordo com as investigações, ao menos quatro parlamentares são apontados como vítimas dos ataques cibernéticos:
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — teve o site invadido e substituído por um tuíte antigo de Lula.
Alexandre Ramagem (PL-RJ) — site derrubado por instabilidade no servidor.
Bia Kicis (PL-DF) — página saiu do ar após sobrecarga.
Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) — o domínio ficou inacessível por erro interno.
O ataque, que segundo a PF foi articulado, ocorreu no mesmo fim de semana em que manifestantes tomaram ruas pelo país para protestar contra o projeto. O projeto de lei prevê transformar em homicídio o aborto realizado após 22 semanas, inclusive em casos de estupro.
Após a repercussão, um perfil anônimo no X (antigo Twitter) assumiu a autoria e comemorou o ataque, classificando a bancada como “bancada do estupro”.