Bolsonaristas articulam uma proposta para garantir a manutenção do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e permitir que ele continue exercendo suas funções a partir dos Estados Unidos.
A ideia, levada por parlamentares do PL ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), é emplacar Eduardo como líder da minoria — o que lhe daria a possibilidade de votar remotamente já na quarta-feira (17), caso o projeto de anistia avance. A indicação foi oficializada na tarde desta terça-feira (16).
Como argumento, aliados do deputado pretendem se apoiar em um precedente de 2015 sobre registro de faltas. Na época, sob a gestão do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a Mesa Diretora autorizou exceções para parlamentares que ocupassem determinados cargos.
Segundo ata da reunião que alterou a norma, “em razão da natureza de suas atribuições”, ficaram dispensados de justificar faltas os integrantes da Mesa e líderes partidários.
A proposta original foi apresentada pela então deputada Mara Gabrilli, à época Terceira Secretária da Casa. Posteriormente, Cunha ampliou a medida para ex-presidentes da Câmara e presidentes de partidos, além de parlamentares que exercessem as funções de Procurador Parlamentar, Corregedor e Ouvidor-Geral, sugestão feita pelo deputado Cláudio Cajado.