O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou nesta quinta-feira (28) que a chamada “PEC da Blindagem”, que pretende restringir ações judiciais contra parlamentares, não será mais tratada como prioridade pelo partido. O PL tem atualmente a maior bancada da Casa.
A declaração foi feita após a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de não colocar o texto em votação na quarta-feira (27). Ainda não há nova data definida para análise da proposta, que tem sido vista como mais um ponto de tensão na relação entre o Congresso e o Judiciário.
Entusiasta da PEC, Sóstenes lamentou a falta de apoio à matéria e criticou a postura de parte dos colegas.
“Não será mais prioridade do PL essa PEC. Se algum outro partido quiser capitanear a proposta, nós seremos coadjuvantes, não protagonistas. Acho que alguns partidos e colegas, mesmo sendo uma medida que beneficiaria os 513 deputados e 81 senadores, preferem se acovardar”, declarou.
A votação acabou adiada por falta de consenso entre as bancadas. A resistência cresceu após forte repercussão negativa, que levou diversos parlamentares a se manifestarem nas redes sociais contra a proposta.