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PP pressiona André Fufuca a deixar Ministério do Esportes até o próximo domingo

Após anúncio de demissão de Sabino, aumenta expectativa sobre chefe da pasta dos Esportes

O ministro do Esporte, André Fufuca | Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados
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O PP espera que o ministro dos Esportes, André Fufuca, deixe o cargo no governo federal até o próximo domingo (5 de outubro). A legenda e o União Brasil, que devem formar uma federação, decidiram no início de setembro dar um prazo de um mês para que todos os filiados com cargos no Poder Executivo se desliguem, sob pena de expulsão.

Fufuca, deputado licenciado pelo PP do Maranhão, apesar de integrar o governo Lula e apoiar a reeleição do petista em 2026, é considerado um dos nomes mais próximos do presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI).

DISSE QUE SEGUIRÁ A ORIENTAÇÃO

Integrantes do PP afirmam que Ciro Nogueira e André Fufuca conversaram, e o ministro indicou que vai seguir a orientação da legenda e deixar o Ministério dos Esportes até domingo. Fufuca não se manifestou.

O União Brasil antecipou o prazo para saída e determinou que fosse até a sexta-feira passada. O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), disse que comunicou ao presidente Lula que pedirá demissão, mas ficará até a quinta-feira. Ele tenta emplacar sua aliada Ana Carla Machado Lopes, enquanto PT prefere Marcelo Freixo (Embratur) e o PDT defende André Figueiredo (CE).

O QUE ACONTECEU?

A decisão do União ocorreu após notícias que ligaram o presidente do partido, Antonio Rueda, ao PCC, por uso de aeronaves em operações. O partido atribui ao governo vazamentos da PF. Rueda negou ser dono de aviões e repudiou as acusações.

Em nota, o União manifestou solidariedade a Rueda. A relação ruim ficou evidente em agosto, quando Lula disse não gostar pessoalmente dele. A articulação de PP e União ocorre em meio à relação conturbada de Lula com o Centrão.

Em agosto, o presidente Lula disse em reunião ministerial que não gosta de Antonio Rueda e criticou Ciro Nogueira, acusando-o de articular candidatura a vice em chapa com Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Na mesma reunião, Lula reclamou que ministros do União Brasil não o defendem em eventos partidários e afirmou que poderiam deixar o governo se quisessem.

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