Prefeito alerta que bolsonarismo criou tentáculos que ameaçam a democracia

Edinho Silva destaca que o bolsonarismo vai além da figura do ex-presidente em relação a seu perigo no equilíbrio político

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Prefeito Edinho Silva (PT) | Reprodução

O prefeito de Araraquara e nome influente do PT, Edinho Silva, expressa preocupação com a consolidação da polarização entre petistas e a extrema-direita. Em entrevista ao jornalista Guilherme Amado, Edinho, que também coordenou a comunicação na campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, alerta para os riscos dessa polarização nas eleições de 2024 e 2026. Ele destaca que o bolsonarismo vai além da figura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, e aponta que quebrar essa polarização é o principal desafio do Palácio do Planalto.

Edinho destaca a necessidade de desbloquear o diálogo e reforça que convencer aqueles que foram influenciados pelo bolsonarismo é crucial. Ele enfatiza que o bolsonarismo é mais amplo do que o próprio Bolsonaro e ressalta a importância de unificar o país no governo Lula 3. Edinho argumenta que, mesmo com os erros de Bolsonaro, o bolsonarismo persistirá, e o desafio é fazer com que o Brasil seja plural, diverso e pacífico.

“É preciso ser feito. Não é simples. Eu não simplifico as coisas. Não é da noite para o dia que você quebra o ambiente construído no país, mas nós precisamos fazer. Temos que perseguir isso a todo custo. É preciso desbloquear o diálogo. Se você não desbloqueia o diálogo, você não convence. Hoje, o maior desafio é conseguir conversar com quem não votou no Lula, é conseguir conversar com aqueles que foram hegemonizados pelo bolsonarismo. Não podemos ter dúvidas que o bolsonarismo é maior do que o Bolsonaro”, afirmou, sem apontar dedos sobre de quem é a responsabilidade por o governo não ter conseguido fazer isso.

O prefeito, que está prestes a lançar um livro sobre como Araraquara enfrentou a Covid-19 e o negacionismo bolsonarista, destaca que, caso o PT não consiga superar esse desafio, o campo progressista terá dificuldades em conter o crescimento de visões fundamentalistas, que poderão se tornar predominantes no Congresso.

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