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Prefeito atingido por tiro de fuzil teria forjado ataque, aponta Polícia

O líder municipal de Taboão da Serra, interior de São Paulo, tentava se reeleger e o ataque teria sido planejado para que ele obtivesse ganhos políticos.

Aprígio tentava a reeleição, mas acabou sendo derrotado pelo adversário do União Brasil. | Foto: Reprodução
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A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo concluíram que a suposta tentativa de homicídio contra José Aprígio (Podemos), então prefeito de Taboão da Serra, em outubro de 2024, foi uma encenação. A ação teria sido planejada para favorecer o político na disputa eleitoral pela prefeitura, na qual ele tentava a reeleição contra Engenheiro Daniel (União Brasil).

Simulação para vantagem eleitoral

As investigações conduzidas pelo 1º Distrito Policial de Taboão da Serra apontaram que a farsa envolveu um ataque simulado ao carro de Aprígio. A intenção era gerar comoção pública e angariar apoio político. Apesar disso, Aprígio perdeu a eleição para seu adversário.

Operação e prisões

Nesta segunda-feira (17), a Polícia Civil realiza uma operação para cumprir mandados de prisão contra os envolvidos no caso. As autoridades suspeitam que o próprio Aprígio tenha participado da encenação, supostamente orquestrada por membros de sua equipe.

Ataque encenado

No dia do ocorrido, um disparo de fuzil AK-47 atingiu o ombro esquerdo do prefeito, enquanto ele passava em um carro blindado pela Avenida Aprígio Bezerra da Silva. Segundo testemunhas, um veículo emparelhou com o do político e efetuou os disparos. O prefeito foi hospitalizado e divulgou imagens do ferimento nas redes sociais.

Foragidos e apreensões

Um suspeito de participar do falso atentado foi preso no ano passado, enquanto outros dois envolvidos seguem foragidos. A arma utilizada ainda não foi localizada. Além das prisões, a polícia cumpre mandados de busca em endereços ligados ao ex-prefeito.

Coletiva de imprensa e provas periciais

As autoridades divulgaram detalhes da investigação em coletiva de imprensa. Segundo a polícia, ao menos seis tiros foram disparados contra o carro blindado de Aprígio. Imagens de câmeras de segurança registraram suspeitos carregando bolsas e circulando nos veículos utilizados no ataque. Quatro automóveis foram apreendidos.

Lesões e atendimento médico

A equipe do político relatou que o impacto do disparo fraturou sua clavícula e estilhaços ficaram alojados em seu corpo. Aprígio foi socorrido e levado a uma unidade de saúde local antes de ser transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ainda internado, ele gravou um vídeo para tranquilizar seus apoiadores.

Participação da Polícia Federal

A Polícia Federal também abriu investigação sobre o caso, mas não divulgou mais detalhes até o momento. Com a conclusão das apurações estaduais, a hipótese de um atentado político foi descartada.

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