Na manhã desta quarta-feira (24), o prefeito de Turilândia (MA), Paulo Curió (União Brasil), se entregou à polícia, em São Luís (MA). Ele, a vice-prefeita, e todos os vereadores do município investigados por integrarem uma organização criminosa que desviou mais de R$ 56 milhões recursos públicos, de acordo com o Ministério Público.
Na Câmara, todos os vereadores faziam parte do esquema, recebendo dinheiro desviado diretamente ou através de parentes, afirmou o promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Fernando Berniz, ao g1.
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA
A Operação Tântalo II, deflagrada na última segunda-feira (22), investiga o desvio que envolve empresas criadas de forma fictícia pelo prefeito e seus aliados, o que inclui os 11 vereadores de Turilândia, a atual vice, além da ex-vice-prefeita, servidores públicos, empresários e outros agentes políticos.
De acordo com o GAECO, há indícios da prática dos crimes de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro, entre 2021 e 2025. As empresas foram usadas como "laranjas" para desviar dinheiro dos cofres públicos. O prefeito Curió, diversos vereadores da cidade e familiares se beneficiaram do esquema, conforme o MP.
PRISÃO
Após ser preso, Paulo Curió e a vice, Tânia Mendes, serão encaminhados para a Unidade Prisional de Ressocialização de Pedrinhas. Já os 11 vereadores tiveram a prisão preventiva convertida para domiciliar.
O MeioNews está à disposição para ouvir as versões dos investigados.