A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina abriu processo de contratação direta para adquirir, de forma emergencial, medicamentos destinados à rede municipal. O aviso foi publicado no Diário Oficial do Município da última sexta-feira (8), com valor estimado em R$ 11,9 milhões. O documento é assinado pela presidente da FMS, Leopoldina Cipriano.
Contexto de crise
A medida surge em meio a um período crítico para o sistema de saúde da capital, que enfrenta escassez de remédios e insumos, além da sobrecarga das unidades de atendimento. A situação, que se prolonga desde a gestão anterior, já levou à interdição de postos e hospitais por falta de condições estruturais e abastecimento.
Decreto de emergência
Em julho, a Prefeitura prorrogou por mais 90 dias o decreto que reconhece estado de emergência na saúde pública, permitindo a adoção de medidas excepcionais, como compras diretas sem licitação.
Impactos recentes
A crise ficou ainda mais evidente nesta semana, quando a UPA do Promorar teve seus atendimentos totalmente interrompidos após um princípio de incêndio na terça-feira. No dia seguinte, a unidade retomou as atividades.
Pressão por soluções
Nos últimos meses, pacientes e servidores têm denunciado atrasos em procedimentos, falta de insumos e a suspensão de serviços. Enquanto isso, a FMS aposta em medidas emergenciais para evitar um colapso, mas a pressão por ações definitivas aumenta entre parlamentares, órgãos de controle e entidades de classe.