Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, se reuniram nesta sexta-feira (15) no Alasca, em uma cúpula que busca discutir os rumos da guerra na Ucrânia. O encontro pode ser decisivo para avaliar a viabilidade de um cessar-fogo no conflito mais mortal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não foi convidado para as conversas, o que gerou críticas entre aliados europeus de Kiev, que temem uma possível concessão norte-americana a Moscou.
A chegada
Os dois líderes desembarcaram na Base Conjunta Elmendorf-Richardson por volta das 16h08 (horário de Brasília). Trump aplaudiu a chegada de Putin, e ambos trocaram sorrisos, cumprimentos e apertos de mão diante das câmeras. Poucos minutos depois, às 16h14, os presidentes deixaram a base no mesmo veículo, em gesto interpretado como simbólico de aproximação. Essa é a primeira reunião presencial entre os dois desde que Trump voltou à Casa Branca.
Preocupações e expectativas
Aliados ocidentais da Ucrânia temem que Trump possa ceder à Rússia, congelando o conflito e até reconhecendo — ainda que informalmente — o controle russo sobre cerca de 20% do território ucraniano.
Ao embarcar no Air Force One, Trump tentou amenizar as críticas. Disse que qualquer possível acordo territorial deve ser decidido pela própria Ucrânia. Questionado sobre o que definiria o êxito da reunião, respondeu:
“Quero ver um cessar-fogo rapidamente. Não ficarei feliz se não for hoje. Quero que a matança pare.”
Significado geopolítico
O encontro marca também a primeira visita de Putin a solo ocidental desde antes de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou sua invasão em grande escala da Ucrânia. A reunião é acompanhada de perto por líderes europeus, que observam com cautela as movimentações diplomáticas no Alasca.