Um assessor direto do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) enfrenta uma grave acusação criminal por importunação sexual, em um processo que tramita na 12ª Vara Criminal de Curitiba e tem audiência marcada para o próximo dia 15 de julho. O caso pode comprometer a imagem do ex-juiz da Lava Jato, que se articula como pré-candidato ao governo do Paraná.
Quem é o acusado
O réu é Fábio Bento Aguayo, que atua como auxiliar parlamentar pleno no gabinete de Moro, com salário mensal superior a R$ 12 mil. Aguayo também é presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrapar) e diretor do Sindiprom, sindicato que representa empresas do setor de eventos no estado.
O que diz a denúncia
Segundo o Ministério Público, que já se manifestou favoravelmente à condenação, o episódio ocorreu na madrugada de 27 de abril de 2024, por volta das 2h, dentro da casa noturna Honey Vox, no bairro Rebouças, em Curitiba. Conforme a denúncia, Aguayo teria encostado seu órgão genital na vítima sem consentimento, “com o objetivo de satisfazer a própria lascívia”.
A conduta é enquadrada no artigo 215-A do Código Penal, que tipifica o crime de importunação sexual.
Silêncio no gabinete e histórico polêmico
Nem o senador Sergio Moro nem o próprio acusado se pronunciaram sobre o caso até o momento. A promotora Ana Vanessa Fernandes Bezerra é a responsável pela condução do processo judicial. A reportagem tentou contato com Aguayo, mas não obteve retorno.
Aguayo já havia sido citado anteriormente em depoimento do advogado espanhol Rodrigo Tacla Duran, que o apontou como lobista do setor hoteleiro no Paraná. As informações foram divulgadas com exclusividade pelo jornalista Angelo Rigon.