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Quem é o vereador acusado de abusar de alunos menores de idade

O Ministério Público estadual informou que os abusos teriam começado em 2017, atingindo vítimas com idades entre 11 e 17 anos.

Hélio de Mello renunciou ao mandato após virar alvo das acusações. | Foto: Reprodução
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O ex-vereador Hélio de Mello (PL) encontra-se preso desde 9 de outubro, acusado da prática de cinco crimes sexuais.

Vítimas eram alunos em escola rural de Irati

De acordo com a Polícia Civil do Paraná, as investigações apontam que o ex-parlamentar abusou de pelo menos 11 crianças e adolescentes, todos seus alunos em uma escola estadual localizada na zona rural do município.

Crimes ocorrem desde 2017, segundo MP

O Ministério Público estadual informou que os abusos teriam começado em 2017, atingindo vítimas com idades entre 11 e 17 anos.

Relatos incluem troca de mensagens e oferta de vantagens

Segundo a Polícia Civil, os depoimentos descrevem toques em partes íntimas, solicitação e envio de fotos e vídeos de nudez, além de oferta de dinheiro ou benefícios em troca desse material. Em uma das situações, um adolescente teria afirmado que manteve relação sexual com o professor após a troca de conteúdo.

Cinco crimes são listados na ação

Hélio de Mello responde pelos seguintes crimes:

  • estupro de vulnerável;

  • importunação sexual;

  • assédio sexual majorado;

  • favorecimento da prostituição ou exploração sexual de menores;

  • satisfação de lascívia na presença de crianças ou adolescentes.

Defesa alega sigilo e não se manifesta

A defesa do ex-vereador informou que não comentará o caso devido ao sigilo do processo. A Secretaria de Educação do Paraná comunicou que o acusado já foi afastado de suas funções.

Denúncia anônima deu início às investigações

A apuração começou após uma denúncia anônima ser encaminhada ao Disque 100. O Conselho Tutelar ouviu estudantes, e a Polícia Civil tomou depoimento de vítimas, testemunhas, ex-alunos e funcionários da escola. Documentos públicos mostram que Hélio atuava como professor da rede estadual desde 2003.

Afastamento e renúncia do mandato

Em 31 de agosto, a Justiça determinou o afastamento imediato do professor e proibiu qualquer contato com alunos. No dia seguinte, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão em sua residência. Horas depois, ele pediu licença remunerada da Câmara e, em 9 de setembro, renunciou ao mandato. O suplente João Leuch Sobrinho assumiu a vaga, e Selmo de Lima Vieira passou a presidir a Casa.

Mais de 60 depoimentos colhidos na investigação

Hélio lecionava educação física e ocupou mandatos consecutivos por 20 anos na Câmara Municipal. Ele deixou o cargo de professor e renunciou ao mandato entre agosto e setembro de 2025, período em que os primeiros relatos chegaram às autoridades. O inquérito ouviu mais de 60 alunos e ex-alunos, e a denúncia do MP reúne 28 episódios atribuídos ao investigado.

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