Marcelo Henrique de Mello Alves, conhecido como Marcelinho, eleito em 2024 pelo Podemos (PODE), está sob prisão preventiva após ser acusado de abusar sexualmente de um jovem de 15 anos. O caso, que chocou a cidade mineira, pode levar à cassação de seu mandato.
PERFIL DO ACUSADO
Com 35 anos e ensino superior completo, o vereador teve uma campanha discreta: não declarou gastos eleitorais e recebeu doações abaixo de R$ 100. Quanto aos seus bens, ele declarou apenas uma cota de 50% em imóvel residencial, avaliada em R$ 100 mil.
O CRIME E A INVESTIGAÇÃO
O crime veio à tona quando o adolescente procurou a vice-diretora de sua escola na terça-feira (25) e relatou o abuso. Exames médicos na Santa Casa de Nepomuceno confirmaram sinais de violência sexual, levando à abertura de investigação pela Polícia Civil.
Em depoimento, a vítima afirmou que o político entrou em contato pelo WhatsApp e a convidou para ir à sua casa, alegando que tinha algo para entregar. Segundo o relato, ao chegar ao local, o jovem foi levado a um quarto, onde Marcelo Henrique teria fechado a porta e cometido o ato sem consentimento.
A DEFESA E A DECISÃO JUDICIAL
O vereador negou as acusações em depoimento à Polícia Militar, dizendo nunca ter recebido o adolescente em casa e que não o conhecia. No entanto, o delegado Bruno Bastos, responsável pelo caso, considerou as provas suficientes para decretar a prisão preventiva. Marcelinho foi levado para o Presídio de Lavras (MG).
POSICIONAMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL
Em nota, a Câmara de Nepomuceno repudiou "quaisquer atos que atentem contra a dignidade e a integridade de crianças e adolescentes", mas não anunciou medidas contra o mandato do vereador. O texto oficial destacou:
"A Câmara Municipal reafirma seu compromisso com a legalidade, a moralidade e a proteção integral da infância e da juventude, confiando plenamente nas instituições competentes para a apuração rigorosa dos fatos, com respeito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório."
O caso segue sob investigação, enquanto a população aguarda novos desdobramentos.
PRÓXIMOS PASSOS
Agora, além do processo criminal, Marcelinho pode responder a um pedido de cassação na Câmara, dependendo do resultado das apurações.