Reforma ministerial: 1ª fase será no Planalto e antes do carnaval

Petista pretende fazer reforma de forma fatiada. Saúde, pastas ocupadas por petistas e cargos de alguns partidos aliados estão na mira

Presidente Lula durante evento | Foto: Ricardo Stuckert/PR
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicou a ministros e auxiliares sua intenção de realizar uma reforma ministerial em etapas. A fase inicial, prevista para ser finalizada até o Carnaval no início de março, terá como foco os gabinetes do Palácio do Planalto.

Lula já iniciou mudanças ao substituir Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). Além dessa alteração, a substituição do ministro Márcio Macêdo pela deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) na Secretaria-Geral do Planalto é tida como certa.

Enquanto isso, a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do Executivo com o Congresso Nacional, é alvo de interesse dos partidos do Centrão. Caso decida atender a essa demanda, Lula poderá transferir o atual ministro Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde, em substituição a Nísia Trindade.

Lula cobra de Nísia a ampliação das especialidades médicas para reduzir filas no SUS, defendendo o uso da rede privada, mas sem avanços. Para o Ministério da Saúde, o presidente considera Alexandre Padilha e o ex-ministro Arthur Chioro.

Segunda etapa vai mirar pastas ocupadas pelo PT

Na segunda fase da reforma, Lula deve focar nos ministérios ocupados pelo PT, incluindo Mulheres, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento Social. Se a Secretaria de Relações Institucionais permanecer com o PT, o Desenvolvimento Social, hoje com Wellington Dias, pode ser cedido ao Centrão.

José Guimarães (PT-CE) é cotado para Relações Institucionais, enquanto Edinho Silva pode assumir o PT. Jaques Wagner também é cogitado para a pasta, o que abriria vaga na liderança do Senado.

Arthur Lira pode ficar com Agricultura

Na terceira fase da reforma, Lula pode alterar ministérios ocupados por aliados, como Pesca, Indústria e Comércio, e Agricultura, esta última cobiçada pelo Centrão, com Arthur Lira (PP-AL) cotado.

As mudanças dependem do aval dos partidos, mas Padilha e assessores defendem que ocorram antes do Carnaval. Alguns cargos, porém, são intocáveis para Lula, como Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), ambos próximos politicamente.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES