O ministro do Turismo, Celso Sabino, comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta sexta-feira (19), que pretende permanecer no cargo por mais alguns dias, apesar da pressão do União Brasil para que seus filiados deixem o governo federal.
Segundo apuração da CNN, Sabino disse que tem compromissos importantes e acertou com Lula que só apresentará sua carta de demissão após o retorno do presidente da viagem a Nova York, onde participará da Assembleia Geral da ONU entre os dias 22 e 24 de setembro.
A âncora Tainá Falcão já havia antecipado que Sabino tinha combinado sua saída com Lula, mas buscava adiar o anúncio.
Na quinta-feira (18), o União Brasil estabeleceu prazo de 24 horas para que seus filiados deixassem cargos no governo, sob pena de serem punidos por infidelidade partidária. A resolução foi assinada pelo presidente nacional da legenda, Antonio Rueda.
Sabino é o único integrante do União Brasil que ainda ocupa um cargo de alto escalão na gestão petista.
O comunicado do partido também manifestou “irrestrita solidariedade” a Rueda, cujo nome passou a constar em investigações da Polícia Federal sobre suposta infiltração da organização criminosa PCC nos setores de combustíveis e financeiro do país.
“Causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no governo Lula — movimento legítimo, democrático e amplamente debatido nas instâncias superiores”, disse a legenda em nota.