Segundo dia de julgamento no STF começa com ex-comandante da Marinha

Em reunião em dezembro de 2022, segundo a denúncia, o então comandante da Marinha se colocou à disposição de Bolsonaro para seguir as ordens do decreto golpista

O almirante Almir Garnier Santos foi comandante da Marinha | Foto: Reprodução
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O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça-feira (10) os interrogatórios dos réus na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. Na segunda-feira (9), foram ouvidos o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o deputado federal Alexandre Ramagem. 

Ainda restam os depoimentos de seis acusados. A sessão desta terça deve começar com o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha durante o governo Jair Bolsonaro.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), as investigações indicam que o militar aderiu ao plano golpista. Em uma reunião realizada em dezembro de 2022, conforme a denúncia, Garnier se colocou à disposição de Bolsonaro para cumprir as ordens previstas em um decreto de teor golpista. O apoio ao plano foi reiterado por ele em um segundo encontro no mesmo mês.

Os depoimentos marcam a fase final da instrução processual, etapa em que são reunidas as provas que fundamentarão o julgamento. É nesse momento que os réus podem responder às acusações e apresentar suas versões dos fatos.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo faz parte do “núcleo crucial” da organização criminosa responsável por tentar romper a ordem democrática. Entre os réus está o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Após os interrogatórios, o processo pode seguir para diligências adicionais, caso sejam solicitadas por defesa ou acusação. Em seguida, abre-se um prazo de 15 dias para a apresentação das alegações finais, antes do julgamento pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

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