Suplente preso pela PF em 2011 toma posse como deputado

“Estou [...] tranquilo. Sou inocente”, afirmou Colbert Martins (PMDB-BA). Ele ficou 4 dias preso após operação que investigou desvios no Turismo

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Preso em agosto de 2011 pela Polícia Federal durante a Operação Voucher, o suplente Colbert Martins (PMDB-BA) tomou posse na Câmara dos Deputados na noite desta quinta-feira (3). Martins assumiu a vaga pertencente ao deputado Maurício Trindade (PR-BA), que se licenciou do mandato para assumir a Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza de Salvador.

A operação Voucher tinha por objetivo dissolver um suposto esquema de desvio de recursos no Ministério do Turismo. Na época em que foi preso, Colbert Martins era secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, órgao do ministério. Ele ficou quatro dias detido.

Nesta sexta (4), Colbert Martins afirmou que é inocente e que não se sente constrangido por retornar à Câmara após ter sido preso.

?Eu estou absolutamente tranquilo. Sou inocente. Espero que o julgamento ocorra de forma rápida e vou mostrar minha inocência. Fui vítima de uma situação e espero que a Justiça faça sua parte?, disse.

Colbert, que antes já tinha sido deputado federal, afirmou que ainda não foi ouvido pela Justiça no processo referente à Operação Voucher, e que espera prestar depoimento em breve.

?Só tive uma defesa prévia, mas ainda não fui ouvido. A exposição que tive [com a prisão], considero indevida. Vou provar que sou inocente?, disse.

Outra posse

Além de Colbert, também foi empossado na noite de quinta o deputado Fernando Lopes (PMDB-RJ), que assumiu no lugar de Rodrigo Bethlem, licenciado para assumir a Secretaria de Governo do Rio de Janeiro.

Com as posses ocorridas à noite, foram ao todo 17 os suplentes que assumiram vagas na Câmara nesta quinta.

Destes, 12 se tornaram titulares do mandato no lugar de deputados que renunciaram porque se elegeram prefeitos na eleição do ano passado. Outros cinco assumiram nas vagas de parlamentares que estão licenciados.

Quando um deputado renuncia porque se elegeu prefeito, o suplente que assume se torna o titular do mandato. No caso do parlamentar que se licencia porque foi nomeado secretário de governo municipal, por exemplo, o suplente tem de deixar o mandato se o titular decidir voltar à Câmara.

Outros empossados

Entre os parlamentares que assumiram mandatos como titulares nesta quinta está o ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos Nilmário Miranda (PT-MG). Ele passou a ocupar o cargo que era de Paulo Piau (PMDB-MG), que renunciou ao mandato na Câmara para assumir a Prefeitura de Uberaba (MG).

Outro deputado efetivado no mandato é Urzeni Rocha (PSDB-RR). Ele assume no lugar de Teresa Surita (PMDB-RR), que renunciou para exercer o mandato de prefeita de Boa Vista.

Entre os que assumiram na vaga de deputados que se licenciaram está Iara Bernardi (PT-SP). Ela substituirá o deputado Jilmar Tatto (PT-SP). Ex-líder do PT na Câmara, Tatto assumiu o cargo de secretário de Transportes da Prefeitura de São Paulo, na gestão do prefeito Fernando Haddad (PT).

O ex-deputado José Genoino (PT-SP) é suplente e foi empossado porque Carlinhos Almeida (PT-SP) renunciou ao mandato de deputado em razão de ter sido eleito prefeito de São José dos Campos (SP).

A vaga de Almeida foi preenchida por Vanderlei Siraque (PT-SP), que já exercia o mandato no lugar de Aldo Rebelo (PCdoB), atual ministro do Esporte. Com a renúncia de Carlinhos Almeida, Siraque, o primeiro suplente, se tornou titular e Genoino, o segundo suplente, passou a ocupar o lugar que pertence a Rebelo.



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