A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) foi afastada da Câmara Municipal de Teresina por determinação da Justiça Eleitoral. A decisão ocorreu no âmbito da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, conduzida pela Polícia Federal. As investigações apontam indícios de que sua campanha tenha sido financiada com recursos de origem criminosa, supostamente ligados a uma facção.
PRISÃO E OPERAÇÃO POLICIAL
Tatiana foi presa na manhã desta quinta-feira (3) em um condomínio na capital piauiense. O mandado de prisão foi expedido pelo 1º Juízo de Garantias da Justiça Eleitoral do Piauí e cumprido nas cidades de Teresina e Timon (MA). Além da detenção, a polícia também investiga um possível esquema de desvio de verba pública por meio de uma organização não governamental.
MANDADOS CUMPRIDOS
A operação da Polícia Federal resultou no cumprimento de oito mandados judiciais, incluindo duas prisões preventivas, três ordens de busca e apreensão, além do afastamento de servidores que ocupavam cargos na Câmara Municipal de Teresina, na Assembleia Legislativa e na Secretaria de Estado de Saúde do Piauí.
LIGAÇÃO COM FACÇÃO CRIMINOSA
As investigações tiveram início após as eleições municipais de 2024, quando surgiram suspeitas sobre a relação da vereadora com Alandilson Cardoso Passos, apontado como integrante de uma facção e identificado como seu namorado. Há indícios de que a facção tenha financiado sua campanha e desviado recursos de uma ONG para custear despesas eleitorais.
MEDIDAS ADOTADAS PELA JUSTIÇA
Além das prisões e buscas, a Justiça Eleitoral determinou a suspensão das atividades da ONG investigada e proibiu novos repasses de recursos para a instituição. Os servidores afastados também estão impedidos de frequentar seus locais de trabalho e de se comunicarem com outros funcionários públicos.
INQUÉRITO E SUSPEITAS DE LAVAGEM DE DINHEIRO
A vereadora já era alvo de uma investigação iniciada em 25 de novembro de 2024 pelo delegado Daniel Araújo, da Polícia Federal. O inquérito busca apurar seu envolvimento com Alandilson Passos e a possível utilização do Instituto Vamos Juntos para movimentar recursos de origem ilícita, posteriormente aplicados no financiamento de sua campanha eleitoral.