'Terceiro turno da eleição presidencial é ruptura da democracia', afirma Dilma Rousseff

Após ser questionada sobre se as manifestações marcadas para o próximo domingo são legítimas, Dilma afirmou que “sim.”

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A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista nesta segunda-feira (9), após cerimônia no Palácio do Planalto, que as manifestações de protesto marcadas para o próximo dia 15 são “legítimas”.

Ela, porém, ressalvou que a defesa de um “terceiro turno” da eleição presidencial é “ruptura da democracia”. “Eu acho que há que se caracterizar as razões para o impeachment e não o terceiro turno das eleições. O que não é possível no Brasil é a gente não aceitar as regras do jogo democrático. A eleição acabou, houve primeiro e houve segundo turno. Terceiro turno das eleições, para qualquer cidadão brasileiro, não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática”, disse a presidente.

Após ser questionada sobre se as manifestações marcadas para o próximo domingo são legítimas, Dilma afirmou que “sim.” “O que não podemos aceitar é a violência. Qualquer forma de violência nós não podemos aceitar. Mas manifestações pacíficas são da regra democrática”, completou. Ao falar sobre as manifestações convocada pela internet para o dia 15, a presidente recordou ser de uma época em que, se houvesse protestos nas ruas, as pessoas “acabavam na cadeia, podiam ser torturadas ou mortas”.

Dilma disse também que na democracia é preciso conviver com as diferenças e que não se pode aceitar atos de violência em protestos. Segundo a presidente, as manifestações deverão ter as características dos convocadores e elas, em si, "não representarão a legitimidade de pedidos que rompam a democracia". “Se quiser uma ruptura democrática, eu acredito que a sociedade brasileira não aceitará rupturas democráticas. E eu acho também que nós amadurecemos suficientemente para isso”, completou.

Dilma afirmou ainda que pretende se encontrar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos dias. Nesta terça (10), ela participará em São Paulo da abertura de uma feira voltada ao setor da construção civil, e a expectativa é que eles almocem juntos após o evento, na capital paulista. "O presidente Lula é uma liderança que a presença dele - eu acho - contribui, porque ele tem noção de estabilidade, ele tem compromisso com o país. Ele não é uma pessoa que gosta de botar fogo em circo", justificou.

Em entrevista coletiva, a presidente citou o pronunciamento deste domingo (8), sobre o Dia Internacional da Mulher, no qual ela apontou os efeitos da crise internacional na economia brasileira e fez defesa das medidas de ajuste fiscal. Segundo Dilma, é “muito prudente” a população perceber que o Brasil precisa de estabilidade. A presidente defendeu que as situações de conflito político no país sejam acalmadas, pois o governo adota medidas para enfrentar fase “aprofundada” da crise econômica. “O Brasil tem fundamentos sólidos, não há nenhum motivo pelo qual o Brasil não supere [a crise econômica]. E eu não acredito que os brasileiros são a favor do quanto pior, melhor. Os que defendem o quanto pior, melhor não têm compromisso com o país”, disse. Dilma destacou ainda que o Brasil vive momento diferente do passado e precisa passar por ajuste “momentâneo”. A presidente afirmou que o país caminha em direção à retomada do crescimento econômico, com a garantia do emprego e da renda. “Nós temos de modificar a fórmula de combate à crise e é o que estamos fazendo. Temos esses ajustes e correções e temos uma perspectiva muito clara de que daqui pra frente o Brasil voltará a crescer”, completou.

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