Todos fomos aliados de Maluf, diz secretário municipal de SP; saiba

Segundo Lembo, já foram gastas cerca de 500 mil libras (R$ 1,6 milhão) no processo, com viagens, honorários e tradução de documentos

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O secretário municipal de Negócios Jurídicos, Claudio Lembo (PSD), reagiu com bom humor ao fato de que uma administração petista aliada a Paulo Maluf (PP) vai repatriar US$ 22 milhões desviados para empresas do ex-prefeito de São Paulo.

A Justiça da ilha de Jersey, paraíso fiscal britânico, determinou ontem que duas empresas atribuídas à família Maluf restituam o valor aos cofres públicos.

"O PT moveu a ação e o PT vai cobrar, com o PSD no meio. Todos já foram aliados do Maluf e todos foram cobrá-lo, então ninguém pode criticar ninguém", afirmou.

À frente da ação de cobrança nos últimos quatro anos, o próprio Lembo foi secretário de Planejamento em 1993, quando Paulo Maluf assumiu a prefeitura.

O processo de tentativa de repatriação do dinheiro foi iniciado na gestão da petista Marta Suplicy (2001-04) e atravessou os governos do tucano José Serra (2005-06) e Gilberto Kassab, do PSD.

"O [procurador-geral do município Celso] Coccaro e eu demos muita celeridade ao caso", disse.

Segundo Lembo, já foram gastas cerca de 500 mil libras (R$ 1,6 milhão) no processo, com viagens, honorários e tradução de documentos.

"Não foi muito, pelo valor recuperado e pelo simbolismo", disse o secretário. "O Paulo [Maluf] esqueceu que o mundo mudou. Jersey era uma cloaca de dinheiro sujo e virou limpa."

A administração municipal e o Ministério Público afirmam que o dinheiro em Jersey é originário de desvios na construção da avenida Água Espraiada (atualmente, Jornalista Roberto Marinho).

Na terça passada, Lembo se reuniu com Luís Fernando Massonetto, que será o secretário de Negócios Jurídicos do futuro prefeito, Fernando Haddad (PT). Um dos assuntos tratados foi a continuidade dessa ação.

"Temos todo o processo à disposição na prefeitura, em 30 pastas", disse Lembo.

Caberá a Massonetto definir como será executada a cobrança. A prefeitura, afirmou Lembo, poderá pedir o bloqueio de bens da família Maluf ou a venda de ações da Eucatex para o pagamento.

Segundo a Promotoria, parte do dinheiro desviado, remetido para os EUA e depois para Jersey, voltou ao Brasil por meio da compra de papéis da empresa.



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