A partir desta sexta-feira, 20 de junho, a história de mais de 60 anos da Agespisa deve chegar ao fim. A companhia de saneamento do Piauí, criada em 1962 como empresa de economia mista com controle majoritário do Governo do Estado, deixará de operar. Em seu lugar, entra em cena a iniciativa privada: o serviço de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário será executado pela Águas do Piauí, empresa pertencente ao grupo Aegea.
TRANSIÇÃO PARA A INICIATIVA PRIVADA
Atualmente presente em 157 municípios, a Agespisa tinha uma atuação ampla em todo o território piauiense. Com a mudança, a responsabilidade passa a ser da nova concessionária, que assume os serviços já no final de semana. A transição representa um passo decisivo para o cumprimento do marco legal do saneamento básico, que estabelece metas ousadas para a próxima década.
O documento estabelece a universalização do abastecimento de água potável da população do Estado até o ano de 2033.
METAS DE UNIVERSALIZAÇÃO
A concessão firmada entre os governos estadual e municipais, por meio da MRAE Piauí, prevê que até 2033 99% da população tenha acesso à água potável, e que até 2040 90% do esgoto seja coletado e tratado. Trata-se de uma das maiores mudanças já realizadas no setor de infraestrutura do estado.
R$ 9,6 BILHÕES EM INVESTIMENTOS
O contrato, com duração de 35 anos, prevê um investimento total de R$ 9,6 bilhões. Os recursos devem ser aplicados tanto em áreas urbanas quanto rurais, com foco na ampliação da cobertura, na melhoria da qualidade dos serviços e na modernização dos sistemas de abastecimento e tratamento.
IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS
Além do avanço nos índices de saneamento, a nova concessão deve movimentar a economia local. A previsão é de que cerca de 8 mil empregos diretos e indiretos sejam criados ao longo da execução do projeto, gerando renda e oportunidades para famílias em todo o estado.