O ex-deputado federal Emerson Petriv, conhecido como Boca Aberta, foi preso nesta quinta-feira (16) após protagonizar uma nova confusão na Câmara Municipal de Londrina (PR). A detenção foi feita pelo vereador Santão (PL), que além de parlamentar também atua como policial rodoviário federal, sob a acusação de desacato.
Segundo relatos de testemunhas, Boca Aberta gravava vídeos nos corredores da Câmara criticando possíveis aumentos no número de vereadores e o uso de veículos alugados pelo Legislativo. Durante as filmagens, ele teria dirigido ofensas a parlamentares e servidores da Casa, incluindo o procurador jurídico, Miguel Aranega.
BATE-BOCA E PRISÃO
A situação se agravou quando Boca Aberta e Santão se envolveram em uma discussão acalorada. Após ser insultado, o vereador deu voz de prisão ao ex-deputado, que resistiu. A Polícia Militar foi acionada e conduziu Boca Aberta à Central de Flagrantes.
Na delegacia, a confusão se intensificou com a chegada da esposa de Boca Aberta, Marly Ribeiro, conhecida politicamente como Mara Boca Aberta, que já foi vereadora. Ao chamar Santão de “covarde” na presença dos policiais, ela também acabou detida por desacato à autoridade.
VERSÕES CONFLITANTES
Santão afirmou que vai ingressar com medidas judiciais contra Boca Aberta, incluindo pedido de medidas protetivas. Segundo o vereador, houve agressão física e resistência à prisão, e ele alega que precisou conter o ex-parlamentar com ajuda de sua equipe.
Já Boca Aberta, por sua vez, denunciou uma suposta abordagem violenta por parte de Santão e seus assessores. De acordo com ele, houve o uso de arma de fogo durante a detenção, o que, segundo sua versão, caracteriza abuso de autoridade.
HISTÓRICO DE POLÊMICAS
Esta não é a primeira vez que Emerson Petriv se envolve em tumultos no Legislativo londrinense. Em 2013, ele foi preso por invadir a sala de sessões da Câmara, quebrar portas e insultar vereadores durante um protesto. Ao longo de sua carreira, acumulou episódios de embates com autoridades, parlamentares e membros do Judiciário.
CÂMARA EM SILÊNCIO
Até o momento, a Câmara Municipal de Londrina não se pronunciou oficialmente sobre o incidente.