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Wellington Dias crava que emprego não corta Bolsa e assume compromisso: “Se perder, volta”

De acordo com o ministro, se o beneficiário que superar a renda do programa, perder o emprego, ele automaticamente voltará ao Bolsa Família.

Wellington Dias explicou mais uma vez as mudanças referentes a concessão do Bolsa Família. | Foto: Agência Gov/Roberta Aline
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As políticas sociais implementadas pelo Governo Federal desde 2023 têm atuado como um verdadeiro “colchão de proteção” para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade. A afirmação é do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, ao destacar os efeitos estruturantes do novo Bolsa Família, que vai além da transferência de renda.

Transformação local através da renda

Segundo o ministro, os recursos distribuídos pelo programa impulsionam a economia das próprias comunidades.

A circulação desse dinheiro ali, onde essas pessoas vivem, gera um mercadinho, uma feira, um açougue, vira um salão de beleza. Enfim, gera uma atividade econômica.

Esse movimento econômico foi comprovado por estudo do Banco Mundial intitulado "Cash Transfers and Formal Labour Markets – Evidence from Brazil", que identificou efeitos multiplicadores do programa social. O levantamento mostra que, para cada R$ 1 investido no Bolsa Família, a economia nacional ganha R$ 2,16, beneficiando inclusive quem não é atendido diretamente pela política social.

Enfrentamento à fome e combate ao preconceito

O titular do MDS também rechaçou críticas preconceituosas que associam o Bolsa Família à falta de interesse dos beneficiários em buscar trabalho.

A questão é que quem passa fome não tem disposição para outra coisa a não ser ir atrás de comida, a ponto de se submeter a situações constrangedoras. 

O ministro ainda lembrou que a fome leva muitos a aceitarem trabalhos degradantes em troca de apenas um prato de comida.

Redução da fome e do desemprego

Desde o início do atual governo, cerca de 24,4 milhões de pessoas deixaram a fome, segundo dados oficiais. E os reflexos positivos se estendem ao mercado de trabalho. Em 2024, o Brasil alcançou a menor média de desemprego da história, com 6,6%. No mesmo ano, 98,8% dos novos postos formais de trabalho foram ocupados por pessoas cadastradas no CadÚnico e 75,5% eram beneficiários do Bolsa Família.

Os dados demonstram que as políticas sociais não apenas aliviam a pobreza, mas impulsionam a formalização do trabalho e a mobilidade social.

Pobreza e extrema pobreza em queda

De acordo com parâmetros do Banco Mundial, o país reduziu de forma significativa seus índices de pobreza:

  • Pobreza caiu de 36,7% em 2021 para 27,4% em 2023;

  • Extrema pobreza foi de 9% para 4,4% no mesmo período.

Na prática, cerca de 9,6 milhões de pessoas deixaram a extrema pobreza entre 2021 e o fim de 2023, o que representa uma redução de 50%.

Novo Bolsa Família: renda e autonomia

O ministro também detalhou mudanças no programa, como a Regra de Proteção, que permite que os beneficiários mantenham o auxílio mesmo ao conseguirem emprego ou iniciarem atividade empreendedora.

Ter a carteira assinada não pode ser critério para cancelar benefício, uma vez que o objetivo é alcançar a superação da pobreza.

Alteramos isso. Agora, quem recebe o Bolsa Família só sai para cima, através de uma renda de superação da pobreza. E se perde essa renda, volta automaticamente ao programa.

O objetivo da nova regra é oferecer transição segura para a autonomia financeira, sem que as famílias precisem escolher entre manter o auxílio ou aceitar oportunidades de renda.

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