A falta de diagnóstico amplifica os danos emocionais. Muitas mulheres carregam culpa por não conseguirem manter a rotina sexual esperada. Outras lidam com vergonha, achando que a dor é exagero. Esse ciclo emocional nasce de um estigma antigo: a crença de que dor menstrual é normal.
Esse pensamento impede conversas importantes dentro do relacionamento. Sem diálogo, a paciente se isola. O parceiro se sente inseguro. E a intimidade se transforma em um campo minado onde qualquer passo pode gerar conflito. Especialistas alertam que esse cenário é mais comum do que se imagina. A ausência de informação faz com que casais interpretem a dor como desinteresse. O que deveria ser acolhimento vira cobrança, e isso aumenta o sofrimento emocional.
Os conflitos então se acumulam. Distância, irritação, incompreensão — tudo fruto de uma doença ainda pouco discutida socialmente. Em casos mais extremos, o desgaste provoca rupturas e separações. Não por falta de amor, mas por falta de diagnóstico e apoio.
A boa notícia é que, com informação e tratamento, esse ciclo pode ser quebrado. A vida afetiva volta a ganhar espaço quando a dor passa a ser compreendida, não julgada.