Além de não gerar saciedade, o açúcar líquido afeta diretamente o metabolismo. Quando frutose e sacarose entram na corrente sanguínea de forma rápida, a glicose aumenta bruscamente. Isso produz picos de insulina — o hormônio que sinaliza ao corpo que é hora de armazenar energia.
Enquanto a insulina está elevada, a queima de gordura é interrompida. O organismo passa a priorizar o armazenamento, especialmente na região abdominal, onde a gordura visceral se acumula. Esse tipo de gordura é a mais perigosa, associada à resistência à insulina, inflamações e maior risco cardiovascular.
A Organização Mundial da Saúde reforça que açúcares livres, especialmente em formato líquido, são fortes contribuintes da obesidade global. Como a digestão é muito rápida, eles “inundam” o sangue de glicose, levando o corpo a guardar mais e queimar menos.
Esse processo, repetido ao longo dos dias, torna mais difícil perder peso, mesmo quando a pessoa controla a alimentação sólida. É um mecanismo fisiológico poderoso que age silenciosamente, sabotando qualquer tentativa de emagrecimento.