Um estudo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) reacendeu o alerta sobre alguns alimentos bastante presentes na rotina alimentar dos brasileiros. A divulgação, feita pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), ligada à OMS, reforça preocupações já conhecidas, mas muitas vezes negligenciadas no dia a dia.
Segundo o órgão, as carnes processadas foram oficialmente classificadas como cancerígenas para humanos. A avaliação coloca esses produtos no Grupo 1 — a mesma categoria de risco ocupada pelo cigarro — indicando que há evidências suficientes para confirmar sua relação direta com o desenvolvimento de câncer.
Entre os alimentos enquadrados nessa classificação estão itens comuns nas prateleiras e mesas do país, como salsicha, linguiça, presunto e salame. O consumo frequente desses produtos, segundo os especialistas, está especialmente associado ao aumento de casos de câncer colorretal.
As pesquisas reunidas pela IARC indicam uma ligação forte e consistente entre a ingestão habitual dessas carnes e o surgimento da doença. A clareza dessa relação é considerada tão convincente quanto a que existe entre o tabagismo e diversos tipos de câncer, o que reforça a gravidade do alerta.
Diante desses dados, especialistas recomendam cautela. A orientação é priorizar uma alimentação mais natural, com menor presença de produtos industrializados e aditivos químicos, incorporando moderação no consumo de carnes processadas para reduzir riscos à saúde.