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Remédios para dormir bem: quando são necessários e quais os perigos? - Quando entram os remédios

Aumentou a procura de soluções para dormir bem na pandemia. Quando a higiene do sono não basta, medicamentos podem ajudar. Mas só com acompanhamento - Quando entram os remédios

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Quando entram os remédios

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Quando a reavaliação da rotina não faz efeito no sono, os medicamentos surgem como solução – mas o correto é que seja temporária. “Tomar remédio para dormir é apagar o incêndio. As causas do fogo devem ser investigadas e podem ser tratadas com terapia, apoio familiar, exercícios físicos, boa alimentação, ou seja, fatores que também se alteraram com a pandemia”, afirma Martins.

Há diversas categorias de remédios que demandam prescrição, como os hipnóticos, as chamadas drogas Z (que tem como ativo a substância GABA), os antidepressivos sedativos e os antipsicóticos (usados em doses menores quando a ideia é combater a falta de sono), além dos agonistas dos receptores da melatonina.

A escolha do medicamento depende do tipo de insônia, que pode ser a inicial, quando há dificuldade de pegar no sono; a intermediária, que ocorre quando se acorda no meio da noite ou não há uma sequência de repouso; ou a insônia terminal, quando se desperta muito mais cedo.

Independentemente do remédio, ele precisa ser ministrado dentro da dose e horários estabelecidos por um especialista. “Há quem tome uma pílula no meio do dia para cochilar ou acorda no meio da noite e toma outra para voltar a dormir. Se o remédio não está funcionando, talvez seja preciso trocar ou adaptar a dose”, relata a médica Dalva Poyares, pesquisadora do Instituto do Sono.

“Os hipnóticos potentes podem provocar sonambulismo e queda em idosos. Por isso, a dose mínima sempre é a preferida”, completa Dalva. A mistura com bebida alcoolica é péssima ideia, já que é capaz de potencializar esse risco, dependendo do tipo de remédio.

As sensações e os efeitos causados pelas drogas precisam ser discutidos com o especialista. “Há grupos de pessoas que se tornam dependentes porque têm a impressão de que algo está faltando se não tomar um remédio antes de dormir”, completa Martins. Todas essas repercussões devem ser acompanhadas de perto.

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