Unhas em gel: entenda tudo o que muda com a nova proibição da Anvisa
- Principais riscos
Após agência vetar substâncias usadas na fotopolimerização do gel, especialistas explicam riscos, impactos para profissionais e cuidados essenciais
- Principais riscos
O TPO e o DMPT atuavam como fotoiniciadores, substâncias essenciais para o processo de endurecimento do esmalte em gel. Quando expostos à luz ultravioleta ou LED, esses compostos desencadeavam a fotopolimerização que deixava o esmalte firme, brilhante e resistente. Esse mecanismo diferencia a esmaltação em gel dos esmaltes tradicionais e é o responsável pela longa durabilidade que tornou o método tão popular.
O problema surge quando a fotopolimerização não ocorre de maneira completa. Resíduos das substâncias podem permanecer na superfície da unha ou serem liberados no ambiente durante a aplicação. Esses fragmentos podem entrar em contato com a pele, gerar irritações ou até serem inalados por profissionais que trabalham horas dentro de salões pouco ventilados.
Para a dermatologista Glauce Eiko, da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo, a exposição eventual não representa grande ameaça. Contudo, o uso prolongado e repetido, principalmente por manicures, aumenta a possibilidade de acúmulo das substâncias no organismo. Isso pode elevar o risco de alterações celulares ao longo dos anos e interferir no equilíbrio hormonal.
A especialista também ressalta que a radiação ultravioleta utilizada para secar o gel, embora moderada, tem impacto cumulativo. Cada sessão adiciona uma pequena dose que, somada à exposição solar cotidiana, pode contribuir para um discreto aumento do risco de câncer de pele. Quem faz as unhas semanalmente está mais suscetível a esse efeito de longo prazo.