O tempo também é um fator. "Como não há aqui ninguém que esteja vacinado há mais de um ano, não podemos dizer quanto tempo a imunização dura", observa Christine Falk, presidente da Sociedade Alemã de Imunologia (DGfI).
Por outro lado, sabe-se que após seis a nove meses o número de anticorpos se reduz. "Isso não me preocuparia se não tivéssemos a variante delta do coronavírus, pois ela é consideravelmente mais contagiosa do que as anteriores."
"Quando a defesa imunológica dos anticorpos contra o antígeno spike, criada pela vacinação, não é mais perfeita, o vírus pode atravessar essa linha de defesa, entrar numa célula e lá desencadear uma infecção na área do nariz e garganta", explica a cientista, que ensina no Instituto de Imunologia de Transplantes da Escola Superior de Medicina de Hanover. "Isso, então, é uma infecção pós-vacina."
Mas mesmo que a defesa contra contágios retroceda com o tempo, permanece a proteção contra quadros clínicos graves. Segundo relatório do RKI de 7 de outubro de 2021, teve que ser tratado em UTIs apenas 0,56% dos 67.661 casos de infecção pós-vacinação identificados no país desde 1º de fevereiro.
A mortalidade desses pacientes foi de 1,06%. Em comparação: o órgão sanitário alemão estima que na primeira onda de covid-19 na Alemanha, quando ainda não havia vacinas, a letalidade era de 6,2%.
Além disso, "entre os 722 pacientes de covid-19 que morreram, 75% tinham mais de 80 anos", o que corresponderia ao risco de morte, em geral mais alto, nessa faixa etária, "independente da eficácia dos imunizantes".
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