Além do avanço repetitivo e circular em outros países, nada garante que uma nova variante não chegará ao Brasil. As que já existem, como a BA.2, uma sublinhagem da ômicron, ainda estão à espreita e com estudos em andamento ou pouco conclusivos sobre sua transmissibilidade.
Segundo Camila Romano, pesquisadora do Laboratório de Investigação Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ainda estamos em fase de "experimentar" o surgimento das versões do vírus.
"Há um estudo em Israel em que eles sugerem que a BA.2 escapa mais da imunidade prévia do que as outras variantes. Eles acham isso porque existem indivíduos que foram infectados pela BA.1 [primeira versão da ômicron] e pouco tempo depois também foram infectados ela BA.2", disse a especialista Camila Romano.
Um dos destaques do estudo é que o intervalo de tempo em casos de reinfecção de pacientes com as duas sublinhagens da ômicron foi inferior ao relatado entre outras versões do vírus.