A nossa loira, numa das versões mais comuns, seria uma estudante mal aplicada que matava aula no banheiro, até o dia em que escorregou e bateu a cabeça na privada, passando para uma eternidade de assombrações. Haja desastre para existir uma dela em cada escola.
Ou bastou um desastre só, que foi bem registrado. Em Guaratinguetá, cidade do Vale do Paraíba, em São Paulo, conta-se uma versão detalhada de sua história. A loira seria na verdade a filha de um fazendeiro de café – Maria Augusta de Oliveira. O nome é conhecido porque sua tumba virou atração turística.
Segundo a lenda, Maria se casou à força aos 14 anos com um homem muito influente. Não se adaptando ao matrimônio, a garota vendeu suas joias, fugiu para Paris e lá morreu de raiva (a doença, não a emoção) aos 26 anos, em 1891. Voltando ao Brasil, enquanto o mausoléu era preparado, seu corpo embalsamado ficou numa esquife de vidro no casarão da família por tanto tempo que começou a desidratar.
Então se passou a dizer que ela saía de noite para beber água. O casarão se tornaria a Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves em 1902 (o que é um fato). Essa escola seria o epicentro da lenda no Brasil.