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Brasil fora da Libertadores? Leila quer romper com a Conmebol

Presidente do Palmeiras classifica penalidade como “ridícula” e questiona permanência dos clubes brasileiros na entidade sul-americana

Leila Pereira presidente do Palmeiras | Foto: Reprodução TNT Sports
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A Conmebol determinou que o Cerro Porteño pague uma multa de 50 mil dólares, realize uma postagem nas redes sociais e jogue sem público na Libertadores Sub-20 após um caso de racismo contra o jogador Luighi, do Palmeiras. No entanto, a decisão foi duramente criticada pela presidente alviverde, Leila Pereira.

"A penalidade que a Conmebol determinou foi ridícula", declarou Leila à Cazé TV, antes do Choque-Rei desta segunda-feira (11) pela semifinal do Campeonato Paulista. Segundo ela, a entidade sul-americana trata casos de racismo com menos rigor do que punições para atrasos e uso de sinalizadores em jogos.

questionamentos sobre a multa

O Palmeiras enviou uma carta à FIFA, assinada também pelos clubes das ligas LIBRA e LFU, pedindo uma intervenção sobre a postura da Conmebol em relação ao racismo. Leila também criticou o destino da multa imposta ao Cerro Porteño, que será enviada ao Complexo Conmebol Suma, no Paraguai.

"Engraçado que os 50 mil dólares vão para a própria Conmebol e não para a vítima. O valor já é ridículo e, mesmo assim, vai para os bolsos da Conmebol. Isso é um absurdo", disse a dirigente.

Pressão por medidas mais duras

Leila também defendeu a necessidade de uma postura mais firme contra o racismo e cobrou a união dos clubes brasileiros para exigir mudanças.

"O grande problema é a Conmebol, que ainda não percebeu a gravidade disso. Mas, se ela não se atentar, vai se atentar, porque o Palmeiras vai pegar pesado. Se a Conmebol não resolver, vamos tentar resolver na Fifa", afirmou.

Possível saída da Conmebol

Em entrevista à TNT Sports, Leila fez sua declaração mais polêmica ao sugerir que os clubes brasileiros considerem deixar a Conmebol para se filiarem à Concacaf, que organiza o futebol na América do Norte e Central.

"O Brasil representa 60% da receita da Conmebol e os clubes brasileiros são tratados dessa forma. Por que não pensar em nos filiarmos à Concacaf?" questionou.

A presidente disse que vai discutir o tema em reunião na CBF na quarta-feira (13) com outros dirigentes. 

"É uma semente para se plantar. Com certeza, financeiramente, seria muito melhor para todos os clubes brasileiros", concluiu.

O caso de racismo

O episódio de racismo aconteceu durante uma partida da Libertadores Sub-20 entre Palmeiras e Cerro Porteño. Um torcedor do time paraguaio imitou um macaco em direção a Luighi, atacante alviverde. Os jogadores do Palmeiras denunciaram a ofensa à arbitragem, mas o jogo seguiu normalmente.

Ao fim da partida, Luighi desabafou na saída de campo e cobrou uma postura mais firme da Conmebol. Ele também criticou um repórter por perguntar sobre o jogo sem abordar o episódio de racismo.

A discussão sobre punições mais duras para casos de discriminação racial segue entre clubes, torcedores e entidades esportivas, com pressão para que medidas mais efetivas sejam adotadas no futebol sul-americano.

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