O Tribunal do Júri da Comarca de Cantanhede condenou Loriano Ribeiro da Fonseca a 14 anos e três meses de prisão por ser o mandante do assassinato de João Batista Soares. O crime ocorreu no dia 14 de junho de 2017, na localidade Centro do Altino, zona rural de Matões do Norte.
As investigações apontaram que Loriano contou com a ajuda de dois comparsas para executar o plano, motivado pelo suposto envolvimento amoroso entre João Batista e sua companheira. Em depoimento, o réu afirmou que já suspeitava de um relacionamento entre os dois. Apesar de inicialmente negar qualquer vínculo, a companheira de Loriano relatou que era alvo constante de assédio por parte da vítima, e, mais tarde, admitiu que chegou a manter relações com João.
No dia do crime, o comparsa Clemilton ficou escondido na casa do casal aguardando a chegada da vítima. Por volta do meio-dia, após cometer o assassinato, ele teria avisado Loriano com uma ligação, dizendo: “o serviço estava feito”. Em seguida, o corpo foi colocado em um saco e arrastado a cavalo até ser escondido.
Testemunhas ouvidas durante o processo afirmaram ter visto João Batista indo até o local do crime e relataram ter escutado o disparo. Também confirmaram os rumores do suposto relacionamento entre ele e a companheira de Loriano, o que reforçou a linha de motivação apresentada pela acusação.
Condenação
Durante o julgamento presidido pela juíza Bruna Fernanda Oliveira, Loriano foi condenado por homicídio qualificado. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver e recebeu o direito de recorrer em liberdade, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
“Concedo ao réu o direito de recorrer em liberdade, haja vista ausência de pedido em sentido contrário. E, ademais, pela condenação ter sido a período menor do que 15 anos, conforme julgado do Supremo Tribunal Federal em tema de repercussão geral 1068”, declarou a magistrada.