Com duas mortes por leptospirose, Rio Grande do Sul teme escalada de doenças

Governo do estado prevê cerca de 1 mil casos da doença durante a calamidade, sendo 15% migrando para a forma grave

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Rio Grande do Sul teme surto de doenças pós-enchentes | Foto: Cristine Rochol/PMPA

Com duas mortes e 19 casos confirmados, o Rio Grande do Sul estima que o número de pessoas com leptospirose devido às enchentes deve chegar a mil até o fim da calamidade. O estado, que está inundado há três semanas, teme o aumento de doenças infecciosas e contagiosas, e está monitorando casos de tétano, hepatite A, ataques de animais peçonhentos, diarreia, sarna, piolho e síndromes respiratórias como gripe e Covid-19. O cenário pode piorar com a diminuição do nível das águas.

LEPTOSPIROSE É A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO

A principal preocupação das autoridades gaúchas no momento é a leptospirose, uma doença transmitida pelo contato direto ou indireto com a urina de animais infectados com a bactéria Leptospira, comumente encontrada em ratos. 

As duas primeiras mortes, que geraram alerta no estado, foram registradas na última sexta-feira pelas secretarias de Saúde dos municípios de Travesseiro e Venâncio Aires. O amplo contato com a lama e a água aumenta a exposição da população à doença.  

TRÊS MIL UNIDADES DE SAÚDE AFETADAS

Com a chegada da frente fria, outra preocupação crescente é a gravidade dos casos de gripe e Covid-19, especialmente em abrigos. O presidente da Sociedade Gaúcha de Infectologia, Alessandro Pasqualotto, destaca que as condições sanitárias precárias, a aglomeração e o clima são fatores que facilitam a contaminação, e enfatiza a necessidade de redobrar os cuidados. 

Essa explosão de doenças pode sobrecarregar o sistema de saúde do estado, que está lidando com quase 3 mil unidades afetadas pelas chuvas desde o início das enchentes, conforme levantamento do Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz divulgado recentemente.



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