A audiência de instrução e julgamento da vereadora Tatiana Medeiros (PSB) e outros oito réus entra no segundo dia nesta terça-feira (25), no Fórum Eleitoral de Teresina. O primeiro dia aconteceu na segunda-feira (24) e durou quase dez horas. A vereadora e outros oito réus respondem por crimes como corrupção eleitoral e participação em organização criminosa.
COMO FOI O 1º DIA
Uma das testemunhas não compareceu no primeiro dia. Tatiana saiu do Fórum no início da noite acompanhada de advogados e da mãe, sem falar com a imprensa. A defesa informou ao MeioNews que a sessão ocorreu “dentro da normalidade”.
O advogado Edson Araújo, que atua na defesa de Tatiana, avaliou de forma positiva o início do julgamento.“Tudo dentro da normalidade, o caminho normal da audiência […] o esquema primeiro, ouve as testemunhas de acusação, a acusação pergunta primeiro, depois a defesa […] são várias perguntas, são 3 promotores, advogados, ai você imagina, mas é normal,” disse.
O namorado da vereadora, Alandilson Cardoso, também réu, chegou pela manhã sob escolta policial. Após a fase de depoimentos das testemunhas de acusação, ele pediu para não retornar ao Fórum nos próximos dias, devendo aparecer apenas quando chegar o momento do próprio depoimento. Na saída, ele cobriu o rosto e não conversou com jornalistas.
O advogado de Alandilson, Wildes Próspero, avaliou o dia como tranquilo e disse que a defesa ficou satisfeita com o andamento da audiência.
PREVISÃO DE TÉRMINO
A audiência segue até sexta-feira (28). Nesta etapa, a Justiça ouve as testemunhas da acusação, depois as da defesa e, por último, os réus. O local está com segurança reforçada, com policiamento especializado e bloqueio no trânsito ao redor do Fórum. Somente pessoas autorizadas podem entrar.
O caso reúne 112 pessoas entre testemunhas e acusados. A investigação faz parte da Operação Escudo Eleitoral, da Polícia Federal, que aponta que a campanha de Tatiana, em 2024, teria recebido dinheiro de uma facção criminosa.
Tatiana chegou a ser presa em abril, depois passou por internações e conseguiu prisão domiciliar em junho, mas ainda não pode voltar ao cargo. Mesmo após a Justiça anular um relatório financeiro usado na acusação, o Tribunal Regional Eleitoral decidiu manter a prisão domiciliar, afirmando que o retorno dela à Câmara poderia atrapalhar a investigação.
O processo segue agora para o segundo dia de depoimentos, que deve manter o mesmo esquema de segurança e procedimentos adotados no início da audiência.