Em colaboração com Saymon Lima
O Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) do Piauí agendou para a semana que vem, o depoimento dos empresários Haran Santiago Girão Sampaio e Danillo Coelho de Sousa, investigados por suposta participação em um esquema de lavagem de dinheiro ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Eles são apontados como proprietário da rede de postos HD, que está sendo vinculada ao PCC como forma de lavagem de dinheiro. Entre 2023 e 2025, a facção lucrou mais de R$ 5 bilhões com o esquema criminoso, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.
OPERAÇÃO CARBONO OCULTO
A operação foi deflagrada no dia 5 de novembro no Piauí, Tocantins e Maranhão. O foco da investigação é verificar a infiltração do PCC no setor de combustíveis, através de empresas de fachada, fundos de investimento, fintechs e fraudes no mercado de combustíveis.
Na quarta-feira, 49 postos de combustíveis foram interditados, sendo 16 somente na capital do Piauí. No dia seguinte, mais 10 estabelecimentos foram alvos da operação.
O principal alvo da operação foi a rede de postos de combustíveis HD, ligada aos empresários Haran e Danillo. Na madrugada de quinta-feira, os dois foram alvos de mandados de busca e apreensão: um estava no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e o outro em Teresina. Os agentes apreenderam um computador, um celular e dinheiro em reais e euros.
SE APRESENTARAM AO DRACO
Na quinta-feira, os dois se apresentaram ao DRACO. Os dois vão cumprir medidas restritivas determinadas pela Justiça enquanto as investigações continuam em andamento.
- Proibição de sair da comarca de Teresina;
- Proibição de manter contato entre si, inclusive por meio de terceiros ou redes sociais;
- Obrigação de entregar os passaportes à Polícia Federal.