A Polícia Civil prendeu, na quarta-feira (22), um homem identificado apenas como Lucas, suspeito de envolvimento no desaparecimento dos adolescentes Welison Ferreira da Silva e Victor Bruno Muni da Silva, ambos de 15 anos, em Timon (MA). Os jovens desapareceram na noite de segunda-feira (20), quando saíram de casa, por volta das 18h, para visitar as namoradas em outro bairro e não retornaram.
Segundo as autoridades, Lucas e outros dois homens teriam abordado os adolescentes enquanto eles seguiam em direção à casa das namoradas. Um carro teria sido utilizado na ação criminosa.
A prisão de Lucas foi convertida em preventiva, e as diligências continuam para localizar os demais suspeitos e encontrar os adolescentes.
O que se sabe até agora
Em entrevista à Rede Meio Norte, Antônia, mãe de Victor, relatou que os meninos costumavam visitar as namoradas, que são irmãs e moram no bairro Cidade Nova.
“Fomos procurar de madrugada, por volta de 2h30. Andamos tudo ali, olhando os terrenos, e nada. O pai do Welison estava com dor no peito, querendo encontrar o filho também. Quando chegamos lá, só achamos as bicicletas deles na casa das meninas. Elas disseram que eles saíram, mas as bicicletas ficaram lá”, contou a mãe.
Com base nas informações prestadas pelas namoradas, as famílias acreditam que elas possam ter participação no desaparecimento. Segundo os pais, os adolescentes não tinham envolvimento com o crime e haviam conhecido as garotas há cerca de três meses. Os dois trabalhavam como serventes de pedreiro e usavam parte do dinheiro que ganhavam para presentear as namoradas.
“A gente não sabe se está vivo ou morto. Até agora, não sabe se comeu. Meu filho não tem envolvimento com nada. Ele não usa drogas, nem o amigo dele. Ficam dizendo que só porque mora na Cidade Nova é facção, mas lá em casa não tem um que pertença. Eu só quero meu filho”, desabafou Antônia.
Os familiares, as namoradas e o ex-namorado de uma delas foram ouvidos pela Polícia Civil na terça-feira (21). Um boletim de ocorrência foi registrado, e as investigações continuam sob sigilo para apurar o paradeiro dos adolescentes e identificar todos os envolvidos no caso.