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Paralisações parciais marcam operação do transporte público de Teresina nesta sexta (9)

A nova mobilização atingiu diversos bairros da capital, especialmente no Centro

Após uma manhã de paralisação parcial, o transporte público de Teresina voltou a ser interrompido na tarde desta sexta-feira (9), por volta das 16h. A nova mobilização atingiu diversos bairros da capital, especialmente no Centro, onde houve acúmulo de passageiros à espera de ônibus e dificuldades de locomoção.

A interrupção das atividades coincidiu com o início de uma chuva moderada, o que agravou a situação. Com menos veículos circulando, centenas de pessoas enfrentaram longas esperas sob chuva e em meio a aglomerações. Houve registros de congestionamento nas vias próximas e superlotação em pontos de embarque.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), o movimento faz parte da mobilização por reajuste salarial e melhorias nos benefícios dos profissionais, como vale-alimentação e plano de saúde. O sindicato afirma que negociações com o setor patronal estão paradas desde o início do ano.

A paralisação da tarde se estendeu até as 18h, segundo informações do próprio Sintetro. Durante esse período, a circulação de ônibus foi praticamente inexistente em algumas rotas, e reduzida em outras.

Pela manhã, os veículos deixaram de sair das garagens no início do dia, e a retomada do serviço ocorreu de forma gradual a partir das 8h. A categoria afirma que a greve ainda não foi oficialmente deflagrada, mas que as paralisações pontuais devem continuar enquanto não houver avanço nas negociações.

Medidas paliativas e negociações

Em nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que está cadastrando motoristas e veículos para atuar de forma complementar ao transporte público, caso as paralisações se intensifiquem. A medida tem como objetivo minimizar os prejuízos à população, sobretudo nos horários de pico.

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) reiterou que apresentou proposta de renovação da convenção coletiva por dois anos e que segue aberto ao diálogo com os trabalhadores. A entidade expressou preocupação com os efeitos de uma paralisação mais ampla sobre o sistema, que já sofre com queda de demanda e dificuldades operacionais.

Uma reunião entre Strans, Sintetro e Setut foi realizada no início da semana, com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT). O órgão ainda avalia os termos apresentados pelas partes e deve se manifestar sobre a legalidade de uma possível greve.

Perspectiva

Segundo o Sintetro, novas mobilizações não estão descartadas. A categoria alega que aguarda uma resposta concreta às reivindicações e que não há previsão de suspensão dos protestos enquanto não houver avanço nas negociações.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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