A apresentadora Suyane Pessoa foi vítima, no último fim de semana, de um golpe conhecido como “golpe da facção”, em que criminosos se passam por integrantes de grupos criminosos para extorquir dinheiro de suas vítimas por meio de ameaças. O caso foi relatado pela própria comunicadora durante uma entrevista exclusiva ao apresentador Dudu Camargo.
COMO ACONTECEU
Suyane contou que estava no carro quando recebeu uma mensagem de um número com DDD de outro estado. O golpista se identificou como “Marcos André”, suposto líder de uma facção criminosa, e alegou que ela estaria atrapalhando os “trabalhos” do grupo.
“Ele disse que eu estava passando informações para a polícia e que, por isso, tinha perdido uma carga de drogas no valor de R$ 780. Me ameaçou, disse que minha foto já estava com integrantes da facção espalhados por Teresina e que minha família corria risco”, relatou.
A apresentadora afirmou que ficou em choque com o nível de informações que o golpista tinha sobre sua vida pessoal e profissional. O criminoso citou o nome dela corretamente, mencionou seu filho e ainda fez referência ao conteúdo do programa que ela apresenta, onde já tratou de temas relacionados à segurança pública.
Com medo das ameaças, Suyane chegou a realizar uma transferência bancária no valor exigido pelos criminosos. “Eu fiquei desesperada. Ele dizia que só queria resolver pacificamente e que, se eu não estivesse envolvida, devolveria o dinheiro”, contou.
O caso foi encaminhado às autoridades, e a apresentadora reforçou o alerta para que outras pessoas fiquem atentas a esse tipo de abordagem. “É uma situação que paralisa. Mesmo eu sendo uma pessoa que lida com esse tipo de notícia todos os dias, quando acontece com a gente, o medo toma conta”, disse.
CRESCIMENTO DOS GOLPES
O golpe sofrido por Suyane Pessoa é mais uma entre as diversas modalidades de crimes virtuais que têm se multiplicado no país. Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelam que 36% dos brasileiros já foram vítimas de golpes ou tentativas de fraude. Já o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta um aumento de 420% no número de pessoas suspeitas de crimes financeiros entre 2014 e 2024.
As autoridades recomendam que, diante de ameaças como essa, as vítimas não realizem transferências, evitem continuar o contato com os golpistas e procurem imediatamente a Polícia Civil.