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Motoristas e cobradores entram em greve e suspendem serviço na zona Sudeste de Teresina

A categoria afirma que a empresa Santa Cruz não fez o pagamento de salários e benefícios que estão em atraso

Ônibus em Teresina | Foto: Setut/Instagram
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Trabalhadores do transporte público que operam na zona Sudeste de Teresina entraram em greve na manhã desta segunda-feira (22). A paralisação atinge ônibus da empresa Santa Cruz, incluindo linhas convencionais e o Transporte Eficiente, que atende pessoas com mobilidade reduzida.

MOTIVAÇÃO

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), a paralisação ocorre por causa do não pagamento de direitos trabalhistas, como horas extras e ticket de alimentação.

“Essa empresa é responsável por várias linhas da zona Sudeste e também pelo Transporte Eficiente, que atende pessoas cadeirantes. Mas os trabalhadores estão com ticket alimentação atrasado, horas extras sem pagar, FGTS em atraso e plano de saúde suspenso”, afirmou  o diretor do Sintetro, Cláudio Gomes.

Cláudio destacou ainda que o plano de saúde, mesmo sendo descontado dos trabalhadores, não estaria sendo repassado nos últimos meses. “Plano de saúde hoje não é luxo, é necessidade. Está suspenso por falta de pagamento. Esses trabalhadores também têm direito a receber a segunda parcela do décimo terceiro”, declarou.

Segundo o sindicato, a paralisação seguirá até que haja uma resposta concreta da empresa ou uma decisão da Justiça. “Quem trabalha quer receber. Enquanto não tiver pagamento ou uma resposta da Justiça, a empresa vai continuar com as atividades paradas”, afirmou o diretor do Sintetro.

Paralisações anteriores 

Na semana passada, motoristas, cobradores e outros funcionários da Santa Cruz já haviam paralisado as atividades por cerca de três horas, afetando as linhas Novo Milênio, Shopping, Jardim Europa e o Transporte Eficiente.

O presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, afirmou que os trabalhadores mais prejudicados são os motoristas e cobradores do Transporte Eficiente. Além disso, funcionários da manutenção também reclamam da falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de excesso de carga horária, sem o pagamento das horas extras há mais de três meses.

“Eles jogam a responsabilidade para a Strans, e a Strans diz que está em dias. A empresa alega que precisa refazer cálculos. Essa situação se repete constantemente”, disse Antônio Cardoso.

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