SEÇÕES

Piauí alcança a marca de 100 mil cadastros de doadores de medula óssea

O Estado conquista esse número de doadores no mesmo ano em que o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome) completa 30 anos.

Qualquer pessoa pode fazer o cadastro como doadora de medula óssea | Foto: Ascom Sesapi
Siga-nos no

Em 2025, o Piauí atingiu a importante marca de mais de 100 mil doadores voluntários de medula óssea cadastrados pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi). Somente no 1º semestre deste ano, o Hemopi incluiu 1.058 novos doadores no registro nacional. O Estado conquista esse número de doadores no mesmo ano em que o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome) completa 30 anos.

“Estamos muito felizes em anunciar essa conquista tão importante, um número expressivo, que significa esperança para quem está na fila de espera por um transplante. Até o momento, temos 103.174 doadores cadastrados e a missão diária de captar mais voluntários, seja na capital ou no interior”, explica a supervisora de captação de doadores do Hemopi, Susanne Rocha.

Uma dessas voluntárias é a professora Sara Pereira, que após 16 anos cadastrada, realizou a doação em agosto deste ano.  “Eu me cadastrei em uma campanha externa promovida pelo Hemopi. Como não tinha peso para doar sangue, me perguntaram se eu tinha interesse em fazer o cadastro como doadora de medula óssea. A partir daí, sempre busquei manter os dados cadastrais atualizados, porque mantive a esperança de um dia ser compatível com algum paciente e ter a chance de doar. E consegui! Salvar alguém de forma direta é algo que não tem como explicar. Sou grata por ter vivido esse processo de doar minha medula óssea para salvar a vida de outra pessoa”, relata.

Doadores de medula óssea podem salvar vidas de quem está na fila de espera por transplante. (Fofo: Divulgação)

História de vida

Já o Marco Antônio doou sua medula no mesmo ano em que se cadastrou no Redome. O cadastro foi realizado em abril de 2024, quando ele veio doar sangue no Hemopi. Em outubro, ele foi informado da compatibilidade e em dezembro efetivou a doação. “Fiz o procedimento em Curitiba, com tudo custeado pelo SUS. Lá eu descobri que seria para uma criança. Conheci vários pacientes que já tinham recebido a medula e estavam curados, tive contato com as famílias, foi muito emocionante. Foi uma doação tranquila. Espero que mais pessoas se cadastrem, porque é uma experiência gratificante que muda a nossa forma de ver a vida”.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, para a maioria dos pacientes, os doadores não aparentados do Redome são a única alternativa, pois entre irmãos, a chance de compatibilidade é de cerca de 25%. A probabilidade é ainda maior quando as duas partes envolvidas são do mesmo país. Aqueles pacientes que não têm um doador no Brasil podem buscar possibilidades em registros internacionais.

Leia Mais
Tópicos
Carregue mais
Veja Também