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Polícia Civil pede prorrogação de inquérito que investiga suposto esquema liderado por Sol Pessoa

Investigação apura esquema na gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa, envolvendo a ex-chefe de gabinete Sol Pessoa.

Suelene Pessoa, conhecida como Sol Pessoa. | Foto: Reprodução
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A Polícia Civil do Piauí vai solicitar a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito que apura um suposto esquema de corrupção na Prefeitura de Teresina, durante a gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD), que seria liderado pela ex-chefe de gabinete, conhecida como Sol Pessoa.

As investigações, que resultaram nas operações “Gabinete de Ouro” e “Interpostos”, apuram possíveis fraudes em contratos, movimentações financeiras atípicas, desvio de recursos públicos e irregularidades administrativas.

A medida ocorre devido ao grande volume de materiais apreendidos que ainda estão sendo analisados pela perícia, como celulares, tablets, documentos e computadores pertencentes à ex-chefe de gabinete.

GABINETE DE OURO

No dia 14 de outubro, (14), foi deflagrada a Operação Gabinete de Ouro. Coordenada pelo Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR) , a ação cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária, além do bloqueio de R$ 75 milhões em bens e valores.

Segundo o delegado Ferdinando Martins, Sol Pessoa controlava pagamentos, contratações e salários de servidores, praticando “rachadinha” e usando operadores financeiros para movimentar valores e adquirir imóveis com recursos ilícitos.

A investigação começou após um relatório do Coaf apontar movimentações suspeitas em contas de servidores municipais. O Laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil confirmou as irregularidades, revelando uso de laranjas e empresas de fachada para disfarçar a origem do dinheiro.

Operação relacionada investiga ex-vereadores

Paralelamente, a Operação Interpostos, que tem ligação direta com o caso Gabinete de Ouro, investiga ex-vereadores de Teresina e ex-gestores municipais, entre eles Stanley Freire, ex-presidente da Fundação Municipal de Cultura.

De acordo com a delegada Bernadete Santana, a investigação aponta movimentações financeiras atípicas, onde um dos investigados teria movimentado cerca de R$ 14 milhões entre 2020 e 2023. O advogado de Stanley, Deomar Fonseca, afirmou que já apresentou documentos que comprovam a legalidade das transações.

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