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Qualificação e oportunidade: Piauí reintegra detentos através do trabalho e educação

Aproximadamente 3.400 pessoas privadas de liberdade estão envolvidas em atividades laborais, tanto dentro quanto fora das unidades prisionais.

Sejus tem intensificado as ações de ressocialização nas unidades prisionais. | Foto: Reprodução
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O sistema prisional do Piauí tem avançado significativamente na oferta de oportunidades voltadas à ressocialização. Desde o início da atual gestão, em 2023, já foram realizados mais de 580 cursos profissionalizantes, que resultaram na emissão de mais de 3.600 certificados. Além disso, aproximadamente 3.400 pessoas privadas de liberdade estão envolvidas em atividades laborais, tanto dentro quanto fora das unidades prisionais.

Esse avanço não se restringe apenas à qualificação profissional. A ampliação dos serviços também abrange as áreas de saúde, educação, assistência religiosa e jurídica. Para isso, foi construída uma ampla rede de apoio e parcerias que asseguram a dignidade dos custodiados, conforme previsto na Lei de Execução Penal.

Em 2024, o sistema prisional do estado registrou 3.084 inscrições no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL). A prova contempla os níveis fundamental e médio e tem caráter voluntário, representando uma importante etapa para a construção de novos projetos de vida pelos internos.

trabalho de ressocialização

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus), tem intensificado as ações de ressocialização nas unidades prisionais. Em todo o estado, os internos participam de cursos profissionalizantes em áreas como eletricista predial, pedreiro de alvenaria, pintor, panificação, horticultura orgânica, produção e manejo de suínos, marcenaria e empreendedorismo.

Esses cursos são realizados em parceria com instituições como Senar, Sebrae, Senai e Sasc, com o objetivo de promover capacitação técnica, dignidade e a construção de novas perspectivas para o futuro dos detentos. O foco está em oferecer ferramentas para que, após o cumprimento da pena, eles possam se reinserir na sociedade de maneira produtiva.

Para o interno Márcio César, que integra a turma de panificação, a qualificação tem sido um divisor de águas. “Geralmente nós fazemos pães e salgados. Eu já conhecia um pouco da técnica, mas aqui estou me aperfeiçoando, aprendendo mais a cada dia. A ideia é sair daqui com outro olhar, com conhecimento suficiente para conseguir um trabalho e construir um futuro melhor”, conta, destacando que pretende usar o aprendizado para abrir o próprio negócio ou garantir um emprego digno.

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