Bebê baleado por policial em favela corre risco de vida

De acordo com a Secretaria de Saúde, o estado é grave, mas estável

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É grave o estado de saúde da filha de 11 meses da dona de casa Ana Cristina, que foi baleada na noite desta domingo, próximo a Favela Kelson´s, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. O tiro também atingiu a menina, que foi operada ainda ontem. De acordo com a Secretaria de Saúde, o estado é grave, mas estável e, por isso, não há como saber o risco de a menina ter o braço amputado, pois é preciso esperar a evolução da vítima.

Ana Cristina Costa do Nascimento, 24 anos, que morava em Vista Alegre, em Irajá, estava com a filha Caienny no colo, e se dirigia, ao lado de outra filha de 3 anos e do marido, com mais cinco pessoas para um ponto do ônibus na rua Marcílio Dias, próximo à avenida Brasil, na altura do quartel da Marinha, quando os PMs teriam feito vários disparos em direção ao grupo.

"Caminhávamos para o ponto, quando a PM chegou dando tiros em cima da gente. Nos jogamos no chão e Ana Cristina gritou: "socorro, acertaram o meu peito. Minha filha também está ferida". Fizeram uma covardia. Não havia troca de tiros no local", disse o sobrinho de Ana Cristina de 17 anos. Segundo ele, uma das viaturas se aproximou e um policial perguntou o que tinha acontecido. "Respondi que eles tinham feito uma besteira, acertado minha tia e a filha dela. Então, eles pegaram Ana Cristina e a levaram para o hospital (Getúlio Vargas, na Penha)", contou o jovem.

Ana Cristina já teria chegado morta ao hospital, onde Caienny, conduzida por um morador, também foi internada. Durante toda a madrugada, familiares buscavam informações sobre a menina. Uma enfermeira informou que o disparo teria causado um "grande ferimento" no braço da criança, mas que, depois de ser operada, não corria risco de morrer. O pai da criança, o auxiliar de almoxarifado da empresa Medral, Anilton Aragão, 24 anos, que estava com o grupo, teve que ser sedado e levado para casa.

Policiais do 16º BPM informaram apenas que teriam sido "recebidos a tiros" por bandidos, mas não teriam reagido, durante ronda na comunidade. A versão foi negada por testemunhas. O projétil entrou pelas costas e saiu pelo peito da mulher.

"Ela foi uma heroína, pois deu sua vida para salvar a filha, caindo abraçada sobre Caienny", acredita M.. Ana Cristina era mãe ainda de outras duas crianças: Cauane, 3 anos, que também estava no grupo, e Cauã, 6 anos. A 22ª Delegacia de Polícia (Penha) investigará o caso. Ana Carolina tinha passado o dia na casa de uma irmã, combinando os preparativos para a festa de aniversário da filha baleada, que completará um ano no dia 19 de novembro.



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