Primeira Mão
Tudo sobre os bastidores da política, em Primeira Mão. Assinada pelos jornalistas Ari Carvalho e Apoliana Oliveira
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página 573 de 665Clima no Progressistas é de indignação e Ciro convoca reunião segunda
Por Sávia Barreto
O fato do suplente de deputado federal José Maia Filho, o Mainha, ter sido indicado pelo Progressistas para ocupar a pasta de Meio Ambiente no Governo estadual e o governador Wellington Dias (PT) ter declinado da indicação e optado por contemplar a deputada federal Margarete Coelho, também do Progressistas, gerou reação na cúpula da legenda. O presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira, convocou uma reunião para segunda-feira, 06, justo no dia em que Wellington dará posse aos novos secretários. Na pauta estão as eleições 2020 e 2022.
Fontes do Progressistas ouvidas pelo blog Primeira Mão traçam o seguinte contexto: o partido já se sentiu desprestigiado pelo governador três vezes, sendo a primeira com a rejeição de Margarete para continuar como vice de Wellington Dias, a segunda com a falta de apoio para o deputado estadual Hélio Isaías na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa do Piauí e a terceira com o comando rejeitado na secretaria estadual de Saúde, que manteve Florentino Neto - uma indicação de parte do PT. A rejeição a Mainha foi a cereja de um bolo de desconfianças.
Sádia Castro, irmã de Margarete, é um nome técnico e político. Com experiência acadêmica na área de Meio Ambiente, ela também é cunhada de Hélio Isaías. O deputado ainda indicou o secretário de Transportes, Manoel Aquino. Como Margarete já vai indicar para o cargo federal a superintendência do Ibama no Piauí, fontes do Progressistas compreendem que não cabia à deputada um espaço no secretariado estadual. Ou seja, os deputados federais indicam cargos federais, e os estaduais apontam os secretários. Se Margarete pode indicar para a Semar, então a deputada federal Iracema Portella, do Progressistas, também teria direito a algum espaço no secretariado?
Além disso, o motivo alegado para barrar Mainha não convenceu o Progressistas. A família de Mainha é tradicionalmente de oposição e o suplente rompeu com os parentes politicamente justamente para apoiar Wellington Dias. Com mais de 60 mil votos nas eleições de 2018, os Progressistas acham injusto que ele não tenha tido um espaço significativo sequer.
O partido sente que o governador quer o apoio do Progressistas mas não confia nele. Os motivos são eleitorais. Se a sigla se fortalecer com espaços no Governo, naturalmente também estará fortalecida numa disputa eleitoral. Ciro deve marchar com o prefeito Firmino Filho e o candidato tucano em 2020. Em 2022, a legenda também já bateu o martelo que terá candidato próprio, enquanto o governo pode buscar a reeleição da vice-governadora Regina Sousa (PT) - caso Wellington Dias se afaste para disputar o Senado no futuro - ou apoiar o senador Marcelo Castro, que busca se viabilizar pelo MDB.
W.Dias escolhe corregedor para fiscalizar infrações de servidores
Por Sávia Barreto
Apesar de não ter constado na lista oficial do governador Wellington Dias (PT) anunciada na última quinta-feira (02), o auditor governamental Antônio Lima Bacelar Júnior é o novo corregedor-geral do Estado. Ele assume junto com o novo controlador-geral do Estado, o auditor governamental Márcio Rodrigo de Araújo Sousa.
Ambos reuniram-se com o governador Wellington Dias ontem para tratar das diretrizes do órgão. Nuno agora passa a atuar na Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), na função de superintendente de Projetos. Márcio e Antônio Lima foram escolhidos na cota pessoal do governador dentro dos quadros da Controladoria.
A Controladoria-Geral do Estado (CGE) tem a função de orientar o governo para a execução de ações de políticas públicas com o máximo de eficiência e regularidade. Com a reforma administrativa, o órgão passa a dispor de poder de correição. Já a Corregedoria acompanhará os atos dos servidores. "As correições e processos disciplinares servem para apurar eventuais infrações, irregularidades ou transgressões funcionais por parte de servidores públicos”, explicou Bacelar Júnior.
Marden não se recusa a almoçar ou jantar com Firmino
Por Arimatéa Carvalho
O deputado estadual Marden Menezes afirmou que não recebeu convite do prefeito Firmino Filho para almoço ou jantar antes da convenção do PSDB, marcada para sábado na capital. Se recebesse, aceitaria. Ele disse que ele e o prefeito estão em grupos separados politicamente, mas é civilizado e conversar não arranca pedaço.
Marden é um entusiasta da candidatura do ex-prefeito Sílvio Mendes na sucessão de Firmino e disse que, se Sílvio for apoiado por Firmino, não resta dúvida que os dois estarão no mesmo palanque. Apesar das diferenças.
General vem conhecer Instituto de DNA
Por Arimatéa Carvalho
O secretário nacional de Segurança Pública, general Guilherme Theophilo, chega na terça-feira à noite ao Piauí. Um dos principais auxiliares do ministro Sérgio Moro, o general fará uma visita ao Instituto de DNA do Piauí, que está quase pronto e deve ser inaugurado em breve. O Piauí não vai mais precisar enviar para outros Estados
material para perícias criminais. Tudo será analisado aqui mesmo.
A visita será às 10h de quarta e ele estará ao lado de seu assessor especial, coronel Nixon Fronta (foto), que comandou o 25 BC e agora integra o Ministério da Justiça.
Celso Henrique nega atrito com Clemilton por indicação na Fundespi
O presidente estadual do Cidadania 23 no Piauí, Celso Henrique, negou ao blog Primeira Mão que o partido não se sentiu contemplado com a indicação de Clemilton Queiroz para a Fundação de Esportes do Piauí, a Fundespi. Isso porque Clemilton, que é bacharel em Direito, também é filiado ao PT, já presidiu a sigla municipal em Teresina e esteve à frente da COMEPI. Ou seja, seria uma indicação que contemplaria mais o PT e menos o Cidadania. Mas Celso Henrique refuta a tese:
"Nossa visão geral é de grupo, teve e tem sua importância, foi um dos coordenadores da campanha do nosso deputado, portanto, não tem nenhum mal estar, inclusive, estamos neste momento juntos como sempre estivemos na campanha e pós campanha", disse Celso.
Como prova, a foto abaixo:
Em último mandato, W.Dias ouviu menos os políticos e chutou o balde
Por Sávia Barreto
Se alguns partidos ficaram insatisfeitos com o secretariado anunciado nesta quinta-feira, 02, pelo governador Wellington Dias (PT) no Palácio de Karnak, pode-se conjecturar um motivo: Dias está no quarto mandato, e não vai, portanto, buscar a reeleição. Assim ele percebeu-se mais livre para fazer mais o que almeja - e menos o que as siglas desejam.
LEIA MAIS: Clique aqui e confira a lista oficial do secretariado de Wellington Dias
Os partidos indicaram nomes, é verdade, mas como se viu especificamente no caso do Progressistas, o governador sentiu-se à vontade da mesma forma para barrar o que julgou necessário segundo critérios próprios. Em outros momentos, Wellington deixava as legendas mais livres, o que terminava tornando também o Governo como uma espécie de ilha em que as partes não tinham conexão. Agora, no último mandato, resolveu agir diferente e, mesmo com todas as dificuldades financeiras, desenha um governo mais técnico e com a meta de aumentar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Piauí até 2022.
Nomes técnicos ou políticos
Aos que desejavam um governo eminentemente técnico, informo que não é recomendável politicamente. A burocracia - ou seja, a atuação dos sevidores públicos - não pode ser absoluta. Cabe à burocracia – mesmo a mais competente tecnicamente - agir e não decidir.
Vou dar um exemplo: um burocrata pode olhar para as planilhas e decidir dar um aumento no preço do diesel pelos motivos mais lógicos. Ele não vai calcular - e nem é sua função - o impacto disso na eclosão de uma greve de caminhoneiros. Mas o político, vai. Esse é seu papel. Receber as orientações frias dos cálculos e das leis e pondera-las na tomada de decisões que beneficiem o bem comum. Por isso, um secretariado só de técnicos não é viável, assim como não se espera um secretariado só de políticos. Aliar as duas coisas é a receita do sucesso (ou o melhor caminho para ele).
Ou seja, ainda que o cotidiano seja dominado pelos burocratas, quando a burocracia decide, resultam em problemas - e trago aqui a visão do pai da Sociologia, Max Weber. A burocracia, na visão dele, não possui sensibilidade política – e nem é seu papel tê-la. Os políticos, por outro lado, são eleitos única e exclusivamente para ouvir o povo e ponderar essa vontade - a chamada opinião pública - em suas proposições.
Espera
A imprensa esperou, esperou e esperou. Mas isso os jornalistas já são acostumados e é dever do ofício. O anúncio oficial do secretariado do quarto mandato do governador Wellington Dias marcado para meio-dia, atrasou mais de uma hora e meia. Quem também esperou foram os deputados e demais políticos que passaram toda a manhão no Palácio de Karnak em busca, quem sabe, de convencer o governador Wellington Dias a ceder um pouco mais dos espaços no Governo. Alguns conseguiram, outros não.
Insatisfeitos
O lado dos insatisfeitos publicamente soma o Progressistas e o PR, sem contar o quase sempre relutante MDB. A lista divulgada pelo Governo aos jornalistas através do Whatsapp e aquela lida pelo governador no Karnak tinha divergências, ou melhor, ausências. Faltaram os nomes de Vicente Gomes (Coordenadoria de Juventude), Zenaide Lustosa (Coordenadoria de Políticas para Mulheres) e Merlong Solano (Administração). Apesar disso, todos estão confirmados nos cargos.
Só depois
No caso de Merlong, entende-se que ele não contou porque está na Câmara Federal assumindo o mandato de deputado na ausência de Fábio Abreu licenciado como secretário de Segurança Pública. Mas, dessa forma, o nome de Alisson Bacelar na Coordenadoria de Comunicação também poderia não ter constado na lista oficial, já que o jornalista só assume em junho com a ida do atual gestor João Rodrigues para uma superintendência na secretaria de Administração.
Surpresas
As surpresas ficaram com Bid Lima na Cultura (era esperado que Fábio Novo assumisse a pasta novamente) e Sádia Castro no Meio Ambiente (fato que criou cisão no Progressistas). O PSD perdeu a Adapi para o progressista Firmino Paulo e a derrota não foi bem digerida. Os deputados da sigla, Georgiano Neto e Júlio César, souberam pela imprensa.
Legislativo e Executivo
Fazer a convocação de membros do Legislativo para a composição do Governo é normal nas democracias, vista como uma maneira de contemplar os interesses partidários das legendas que ajudaram um governante a chegar ao poder e, assim, atender indiretamente e de modo proporcional ao que o povo decidiu nas urnas através do voto. Dias convocou menos do que o previsto. Nas listas que circulavam especulando a composição do secretariado, pelo menos de sete a oito suplentes poderiam ser convocados. No final, foram quatro.
Daqui para frente
A costura que o governador Wellington Dias teve que fazer foi grande e num cobertor tão longo, é normal que um ou outro rasgo aconteça. Nenhum partido deixou a base governista e isso é saldo positivo para o governador. Por outro lado, as siglas insatisfeitas podem guardar o melhor momento para seguir rumos diferentes do Governo - vai depender das conversas com Dias daqui para a frente. O secretariado é apenas uma primeira etapa de muitas da relação entre os partidos e o governo. Um governador que está em seu quarto mandato é alguém que reconhecidamente tem habilidade política. Agora é hora de testa-la para estancar as irritações dos partidos.
Entenda por que Allisson Bacelar não assume Ccom agora
Por Sávia Barreto
O jornalista Allisson Bacelar vai assumir o comando da Coordenadoria de Comunicação apenas em junho. Isso porque o atual secretário, João Rodrigues, irá para uma superintendência que coordena a folha de pagamento na secretaria estadual de Administração.
Mas Rodrigues só assume a nova função quando o atual deputado Merlong Solano (PT) deixar o Congresso em junho para dirigir a Sead. O governador Wellington Dias (PT) explicou durante o anúncio do secretariado que esse é um período de “transição” na Ccom. Então, até junho, permanece João Rodrigues no órgão que cuida da comunicação do Governo.
PT terá maior bancada, Progressistas e MDB encolhem na Alepi; lista
Por Sávia Barreto
Os suplentes Elisângela Moura (PC do B), João de Deus (PT) e Paulo Martins (PT) vão ter que esperar mais ou buscar novos espaços no Governo. Isso porque o governador Wellington Dias (PT) convocou bem menos deputados para compor o secretariado do que o previsto. Os motivos partiram, na maioria das vezes, dos próprios parlamentares, que preferiram indicar nomes e manter o cargo e os benefícios que possuem na Assembleia Legislativa do Piauí. Dessa forma, foram chamados os suplentes Warton Lacerda (PT), Ziza Carvalho (PT), Magalhães (PT), Belê Medeiros (Progressistas).
Eles entram no lugar de Janaína Marques (PTB), Zé Santana (MDB), Wilson Brandão (Progressistas) e Pablo Santos (MDB), respectivamente secretários de Infraestrutura, Assistência Social, Mineração e presidente da Fundação Hospitalar. Essa nova composição da Assembleia fortalece o PT. O partido fica com a maior bancada na Casa. Por conta da coligação eleitoral, a sigla foi quem mais perdeu nas eleições de 2018. Tinha voto mas não conseguiu fazer todos os deputados por conta do quoeficiente eleitoral somado com as demais legendas do bloco governista. Agora, o partido se sente realmente contemplado.
O PT tinha cinco deputados antes (Limma, Francisco Costa, Fábio Novo, Franzé e Flora Izabel), agora passa a ter oito parlamentares. O Progressistas, que tinha cinco deputados na Casa, mantém o número apesar da saída de Wilson Brandão: B.Sá (no lugar de Júlio Arcoverde), Belê Medeiros (que entra agora como suplente), Firmino Paulo, Hélio Isaías e Lucy. Há possibilidade de Júlio voltar ao Legislativo para reforçar o partido.
O MDB, perdendo Zé Santana e Pablo Santos, enxuga de seis para quatro deputados: Severo Eulálio, Themístocles Filho, João Mádison e Henrique Pires. Sendo assim, as maiores bancadas agora são do PT, seguido de MDB e Progressistas empatados no segundo lugar. Não custa lembrar: o tamanho da bancada impacta diretamente na influência dos partidos e na capacidade de negociação perante o Governo.
Progressistas pode retaliar após “desfeita” com nome de Mainha barrado
Por Sávia Barreto
O suplente de deputado federal José Maia Filho, o Mainha, dormiu secretário estadual de Meio Ambiente e acordou novamente como suplente. Com o governador Wellington Dias (PT) decidindo barrar o nome de Mainha para a pasta, preferindo o da irmã da deputada federal Margarete Coelho, Sádia Castro, a cúpula do Progressistas se sente desprestigiada pelo governador.
Questionado pelo blog Primeira Mão se Sádia não contemplaria a legenda, já que é uma indicação de uma parlamentar do Progressistas, o presidente estadual do partido, deputado Júlio Arcoverde informou que não: "Nossa indicação foi o Mainha". Já Mainha, perguntado pelo blog se o fato o faria romper com o governo, respondeu negativamente.
Fato ventilado nos bastidores é que Júlio pode deixar a secretaria municipal de Esporte e Lazer de Teresina e voltar para a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), o que prejudicaria a contagem de suplentes convocados para a Casa, já que B.Sá, do Progressistas, é o primeiro suplente da coligação governista tendo assumido no lugar de Júlio.
Fechando com Margarete e ignorando a indicação da cúpula do partido, além de também ter tratado direto com o deputado Firmino Paulo - contemplado na indicação da Adapi - Wellington Dias fez aquilo que a direção do Progressistas não queria, ou seja, não acomodou os cargos via partido, mas sim via acordo com cada parlamentar individualmente.
Além disso, o senador Ciro Nogueira (Progressistas) já havia se distanciado das conversas sobre acomodação de cargos, demonstrando assim insatisfação com a divisão. Isso não significa um rompimento com o Governo agora, mas planta a semente de uma mágoa que pode ser regada e crescer no futuro, considerando que o Progressistas já anunciou que quer candidato próprio ao Governo em 2022 e o PT, provavelmente, vai trabalhar para fazer o sucessor de Dias.
Davi Alcolumbre visita Piauí e se encontra com Themístocles na segunda
Por Sávia Barreto
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, estará em Teresina na próxima segunda-feira, 06. Na pauta, um encontro com o presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, agendado para 16h e, sem seguida, participação em evento na capital.
No início de abril, Alcolumbre do grupo de deputados que representa as assembleias do Nordeste, a “Carta de São Luís”, documento com os principais pontos de interesse entre os parlamentares da região. A mensagem foi assinada, em março, durante o 3º Encontro dos Presidentes de Assembleias Legislativas dos Estados do Nordeste (ParlaNordeste).
A reforma da previdência, pacto federativo e o fortalecimento dos órgãos regionais de desenvolvimento fazem parte das prioridades do colegiado. O presidente da Alepi, deputado Themístocles Filho (MDB), era um dos presentes.